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terça-feira, 1 de setembro de 2020

Juízes e juízes

 Ivar Hartmann

Há juízes. Como por exemplo aqueles de Israel que a Bíblia nos cita. Incluindo o mais célebre deles, Sansão, conhecido por sua força física. E que passados tantos séculos, ainda é conhecido. Ou juízes como o Sérgio Moro, conhecido por sua força moral, cujo nome fica registrado na história do Brasil, como o homem que fez ao grandes bandidos irem para a cadeia. E há juízes como os de várzea, escolhidos ao acaso entre a assistência, ou como Gilmar Mendes e Lewandowski, escolhidos por sua fraqueza, e cujos nomes estão registrados na história do Brasil como os homens que fizeram os grandes bandidos serem soltos. Sem pundonor. Não fora eu ter sido advogado, juiz e promotor, não entenderia como pode ser tão grande a diferença entre um simples juiz de carreira que leva sua honra e moral sempre consigo e juízes nomeados por políticos, que desonram a toga que vestem e cuja aplicação da justiça é facciosa. Aproveitam a força do cargo e, alheios a lei ou dando a volta à lei, perpetram qualquer ato para soltar seus grandes bandidos.

Quando me refiro a grandes bandidos, claro está que não me refiro a um chefe de quadrilha de traficantes cuja força é restrita aos locais que opera e proporcional aos drogados aos quais fornece. Grandes bandidos, grandes quadrilhas, são os ex-presidentes brasileiros, o já condenado e seus capangas de colarinho duro, os ora processados e seus homens de confiança e os que respondem a inquéritos e investigações e seus operadores. Parentes, amigos, doleiros, capangas. Uma miscelânea de maus patriotas que se homiziam nas sentenças que os favorecem no STF. Isso mesmo, se escondem nas sentenças favoráveis de três ministros que enxergam a lei com o filtro dos interesses dos políticos que os indicaram para os cargos. A última decisão do Gilmar e do Lewandowski, aproveitando a ausência de um colega, em anular uma sentença do Moro que já tinha sido sancionada em outros dois tribunais é daquelas que só a opinião pública e parlamentares de um país corrupto como o nosso aceita calada. E os bandidos batem palmas.

ivar4hartmann@gmail.com

Um comentário:

  1. Ser advogado, credo, louco para ganhar $$$$, mesmo sabendo que o indivíduo é bandido quer, luta para fazê-lo inocente. Quanto ao Moro-Banestado-PSDB que se mostrou ser juiS seletivo e parcial que tudo fez para virar ministro e de olho em ser ministro do STF. A máscara caiu, demora mas o que se planta colhe.

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