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domingo, 29 de novembro de 2020

Maradona é homenageado em Nápoles


As homenagens ao craque argentino Diego Maradona, morto aos 60 anos na última quarta-feira, continuam a todo vapor em várias partes do mundo.

Em Nápoles, na Itália, a prefeitura local decidiu mudar o nome do estádio do Napoli - time que Maradona defendeu e levou à conquista dos dois únicos títulos nacionais para os napolitanos: deixa de ser San Paolo e passará a se chamar Diego Armando Maradona.

Nápoles já tem vários painéis do craque espalhados nos quatro cantos, como o da imagem acima.

O prefeito Luigi De Magistris disse que a cidade foi tomada pelo sentimento de tristeza com a morte de Maradona, e decidiu homenageá-lo.

"Daremos o nome do maior jogador de todos os tempos a esse estádio que faz parte da nossa vida e da nossa história. Maradona nos deu tudo: vitória e emancipação, mas Nápoles também lhe deu muito. Nápoles nunca o esquecerá, porque é uma cidade com grande coração e, acima de tudo, nós não julgamos o homem Maradona, apenas o amamos", disse De Magistris.

Maradona jogou na Napoli por sete anos, entre 1984 e 1991. Após chegar como a contratação mais cara da história, o camisa 10 correspondeu em campo e rapidamente se tornou ídolo da torcida, tanto pelo desempenho em campo quanto pela paixão e identificação. 

Os dois títulos italianos do Napoli foram com Maradona em campo, nas temporadas 1986/87 e 1989/90. Ainda conquistou uma Liga Europa, uma Copa da Itália e uma Supercopa da Itália pelo clube.

Vacina milagrosa

terça-feira, 24 de novembro de 2020

Cachorro sem privacidade

 




Nem a pau

Eleições 2020

  

Ivar Hartmann

Um site criou uma outra forma de avaliar estas eleições municipais. A taxa de sucesso: quantos candidatos o partido indicou para as prefeituras e quantos foram eleitos. Dos grandes partidos vinculados a Lava Jato, o PT foi o que mais perdeu. Dos 1205 candidatos, apenas 179 se elegeram, o que dá uma taxa de sucesso de 15%. O PSDB indicou 1243 e elegeu 512, taxa de sucesso de 41% e o MDB indicou 1839 e teve 774 eleitos, taxa de 42 %. Os inúmeros partidos de centro tiveram aumento de prefeituras, assim como já vinham de resultados positivos em 2016. O presidente Bolsonaro que até um tempo atrás se julgava com a força de um partido, também perdeu e demonstrou que seu poder pessoal é menor que quando assumiu. De 13 candidatos a prefeito que apoiou, apenas quatro se elegeram. Ao contrário, seu antigo partido o PSL, do qual se desvinculou, subiu de 30 prefeitos em 2016 para 90 prefeitos nesta eleição. Os partidos de centro-direita é que foram os grandes vencedores. E esta é uma questão bem interessante. Os bolsonaristas mais ferrenhos afirmam que o presidente é a própria voz da direita.

A direita segue em ascensão no Brasil, e esta eleição confirmou. Bolsonaro mesmo se fixando em uns poucos candidatos, não conseguiu elegê-los. Na minha cidade tivemos dois casos típicos. Um dos candidatos, quando a febre por defender Lula fazia suas lideranças apor o nome “Lula” ao próprio nome, apagou o nome do bandido na esperança de melhor resultado. Perdeu. Outro mais esperto, passou a campanha vinculando seu nome ao de Bolsonaro. Também perdeu. Então se o centro e a direita ganham, e o Bolsonaro e os candidatos a ele vinculados perdem, significa que não é o presidente o grande líder da centro-direita. E isso será levado em conta em 2022. O Centrão que muda como o vento, não vai querer perder uma eleição presidencial. Então há que escolher uma boa chapa, um nome de consenso nesta miríade de partidos. Eles já estavam fazendo isso, como se lê nos jornais. Mas agora, com os resultados na mão, será outra a forma de pensar. É o ditado: rei deposto, rei posto.

Promotor de Justiça aposentado - ivar4hartmann@gmail.com


sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Terreno

 




Nem só

Tereza Horta

Nem só do teu silêncio
direi raiva
Nem de todo o meu corpo
direi vício

nem de todo o pénis
direi arma
e apenas do teu direi ter sido

Quando o vácuo é de
vingar
ou de vergar
cravando sobre os seios a sua enxada

Quando a minha boca se conjuga
no baixo do teu ventre
e tua espada...

nem de todo o desejo
direi verão
nem de todo o grito
a tua imagem

nem de toda a ausência
direi chão
e só de teus flancos
a viagem.

Agora feda

 




quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Na balada

 




Livre

 





No tribunal


Roque Nunes

Ao Bar de Ferreirinha

Dona Babilônia – apesar do nome, não se podia dizer que era uma das sete maravilhas do mundo. 

Mulher mais vesga e verruguenta estava ali. 

Mas, deixa pra lá – era testemunha de um caso de sedução em Cajazeiras. 

Aliás, cidade pequena, sem muito ter para que as pessoas se divirtam, abundam os casos de sedução de moçoilas.

Vai que o Segismundo seduziu a Niquita, filha de dona Cornélia, que é parente por parte de pai da mãe do prefeito.

Que isso fique bem claro: em cidade pequena, quando se nomina uma pessoa há a necessidade de se dar a genealogia vertical e horizontal do sujeito para que não fiquem dúvidas.

Pois bem, dona Babilônia, a dita testemunha, chamada para afiançar as qualidades e donzelices da Niquita, antes do ocorrido caso de sedução, já aboletada no banco das testemunhas foi inquirida pelo advogado da defesa. 

Todo bom advogado para manter a pose de isentão, ou mesmo de alheamento das coisas mundanas da vida faz esse tipo de presepada.

– Boa tarde dona Babilônia. A senhora por acaso me conhece?

– Claro que te conheço Carlinhos, desde quando você era moleque – disse a velha em um sorriso de boca de muitos verões passados  Que decepção você foi para sua mãe! Desde pequeno esse moleque roubava. Era bala na venda de seu Manoel, ovo das galinhas de comadre Sinfrônia. Era e continua sendo mentiroso. Mentia descaradamente para o pai, matava aula. Já adolescente - você se lembra Carlinhos? - teve que fugir daqui por causa da filha de seu Laurindo. Aquela que você prometeu casar com ela, mas só queria papar a coitada, e seu Laurindo disse que se te pegasse na estrada iria arrancar suas bolas pela garganta. Você era porquera até não poder mais.

O advogado de pardavasco ficou transparente, pigarreou, tossiu e emendou:

– E o nobre promotor a senhora conhece?

– O Devair? Mas por demais da conta. Cansei de limpar esse menino que até os doze anos vivia se borrando todo. Agora é cachaceiro, nó cego, mentiroso. Me prometeu uma televisão nova e até hoje nada. Coitada da Laurinha, a mulher dele. Tem mais chifre que maxixe. Aliás, Carlinhos, uma das mulheres com quem ele sai é a sua viu? Ele ainda sai com a mulher do Chico, lá da Farmácia e até já se engraçou com a mulher do Osvaldinho, presidente da Câmara. Eu sempre falava para a comadre Crescência que o Devair não ia dar em nada. Ou ele se transformava em vagabundo, ou em advogado. Olha no que deu. Apesar de bem vestido, continua o mesmo safado de sempre.

O promotor não sabia onde enfiar a cara e se mexia para todo lado na mesa.

Nisso, o doutor Etevaldo, juiz sério, bate o martelo e chama o advogado de defesa e o promotor.

– Olha só. Já vou deixar bem claro: se qualquer um perguntar a essa velha se ela me conhece, eu mando prender os dois! Está claro?

RÉPLICA

Caro Colunista Fubânico Roque Nunes: 

Atingimos o orgasmo com a homenagem feldaputal ao nosso modesto e escroto blogue Bar de Ferreirinha feita ontem por você nas páginas do Jornal da Besta Fubana, nosso parceiro e comparsa.

Foi muito mais gostoso do que bater uma punheta de corpo presente na beira do rio.

Quando a pandemia passar, o dólar cair, o pau do editor-chefe subir, Trump provar a fraude na eleição americana e parar de nevar em Caicó,  você será homenageado com a Comenda Bar de Ferreirinha, a mais alta honraria conferida aos bêbados ilustres e anônimos que frequentam nosso balcão virtual.

Um abraço!

Pituleira e Roberto

Editor-chefe e sub-nitrato de Editor, respectivamente