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terça-feira, 30 de novembro de 2021

Cagão

 




Vacinados ou enterrados

 

Ivar Hartmann

A frase completa do Ministro da Saúde alemão é: vacinados, curados ou enterrados. Ou seja, a pessoa tem a opção de se vacinar e continuar curado ou ser enterrado. Por mais agressiva que pareça, representa o sentimento alemão e o pavor do Ministro, ante as perspectivas de 400 mil alemães a morrer neste inverno europeu, pela multiplicação dos casos da nova cepa do Covid. A Áustria novamente fechou o comércio e as medidas rígidas que tinham sido abandonadas, retornaram. As fronteiras da Alemanha, Áustria Suíça e Liechtenstein não existem. Rios, estradas, montanhas, andam em todas as direções e com os postos alfandegários eliminados quando da criação do MCE, um estrangeiro não sabe onde anda, já que os nomes das placas de trânsito são em alemão.


Agora havia uma diferença fundamental. Contra o Covid.  Na Alemanha e Áustria se vacina quem quer, se entra e sai dos restaurantes livremente. Uso da máscara só em ambiente fechado. Na Suíça e Liechtenstein se entra nos restaurantes depois de passar gel nas mãos, de máscara e pedem o comprovante de vacina. Não está vacinado mandam embora. Agora as autoridades dos dois países estão em desespero, querendo votar leis que tornam obrigatória a vacina. Mas grande parte da população está contra alegando o direito individual. Se não me engano, este tal de direito individual morreu com o homem das cavernas. Quando ele se agrupou com outros para defender-se das feras e poder caçar e cultivar com mais facilidade, ele criou leis que regessem a todos. Sacrificando os direitos dele em benefício dos direitos dos seus concidadãos. O direito coletivo superior ao individual. Os que se cuidam e vacinam não podem ficar à mercê dos descrentes. A fera atual chama-se Covid.

Promotor de Justiça aposentado

ivar4hartmann@gmail.com


segunda-feira, 29 de novembro de 2021

'Ôto' patamar

 

Poesia de pé quebrado
Jesus de Rita de Miúdo

Dizem que no futebol
Tem uma frase arretada
Que é quase uma sentença
Para ser executada:
"Quem lá na frente não faz
Acaba levando atrás"
E não ganha nada. Nada!

Se a sentença 'tá' ditada
Cabe a todos proteção
Lutar contra essa verdade
E se tornar campeão
Trazendo sempre na mente
"Fazer o gol lá na frente
Zelo atrás, na marcação."

Mas, o fato é que ontem...
Levaram a decisão
Lá para as terras do sul
E já davam como certo
O título do Urubu
Mas, a coisa deu errada
E depois da vacilada
O Mengão tomou no... aro.


terça-feira, 23 de novembro de 2021

O ministro Paulo Guedes

 

Ivar Hartmann

Todos conhecem estas duas definições: Paraíso fiscal é um território onde as transações financeiras são autorizadas sem identificar as pessoas envolvidas ou com poucas informações sobre elas, com tributações reduzidas ou nulas. Offshore traduz-se por “em alto-mar”. O termo se refere a empreendimentos ou contas bancárias abertas fora do país de origem do proprietário. Embora sejam vinculadas a paraísos fiscais e crimes de sonegação fiscal, empresas offshore não são necessariamente ilegais. O megavazamento Pandora Papers, divulgado pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, revelou que Paulo Guedes é dono de uma offshore no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas. O Código de Conduta da Alta Administração Federal proíbe, no Artigo 5º, que funcionários do alto escalão mantenham aplicações financeiras que possam ser afetadas por políticas governamentais, no Brasil e no exterior.

 

Como decisões e declarações de Guedes impactam no câmbio, especialistas enxergam um possível conflito de interesses entre o cargo que ele ocupa e o investidor antigo e eficaz que é. Ainda candidato, Bolsonaro dizia que não entendia de economia mas que seu futuro ministro Paulo Guedes era o “bambambã” da área. Acertou. Em 1º de janeiro de 2019 quando Paulo Guedes assumiu, o dólar estava a R$ 3,85. Agora está a R$ 5,52. Ele tem mais de 9 milhões de dólares aplicados em um paraíso fiscal. Seriam R$$ 34 milhões quando assumiu e R$ 50 milhões agora. Um lucro de 14 mil reais por dia como ministro. Sim, é competente. E legal. Atualmente quem dirige a offshore do ministro é sua filha com quem ele, obviamente, nunca conversa sobre câmbio ou economia e nem se preocupa com sua conta. Afinal, são só 9 milhões de dólares.

Promotor de Justiça aposentado

ivar4hartmann@gmail.com


segunda-feira, 22 de novembro de 2021

O Brasil não é para amadores


PL dá cheque em branco a Bolsonaro e recebe plano de governo também em branco

Uma transação mirabolante até para os padrões da política brasileira está em curso: o toma-lá-dá-cá entre o Partido Liberal e o presidente Jair Messias.

O PL deu um cheque em branco ao presidente, e recebeu em troca um Plano de Governo em branco também. 

O cheque foi depositado no caixa 2 da Caixa (a foto acima é bastante esclarecedora).

O Messias confirmou a transação, em coletiva para o gado no cercadinho: “O PL depositou mesmo, tá ok? E quer saber? Não foi só um não, foram 89, tá feliz? Era isso que você queria ouvir?”, disse o presidente ao informar que o cheque foi depositado na conta da primeira-dama Michelle Messias. 

O pagamento faz parte da negociação entre o partido, liderado pelo CEO Valdemar Costa Neto, homem de reputação altamente desilibada, pela filiação do presidente ao PL para as eleições de 2022.

“Com esses cheques a economia deve crescer 100, 200, 300, 400 por cento esse ano”, analisou o ministro da Economia, Paulo Guedes. 

A declaração do Posto Ipiranga foi feita em cerimônia de inauguração de uma enorme estátua de um touro branco na frente da Bolsa de Valores. 

“Eu sempre disse que eu ia ao mercado e as pessoas me agradecem, pois está aí o mercado mais uma vez me elogiando e também ao presidente.”

Com informações do site The piauí Herald



quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Vacina: sim ou não?

 

Ivar Hartmann

Vacina contra a Covid, seja de que marca for, é do nosso dia a dia hoje. Afora alguns bolsões de ignorância pelo mundo, a maioria da população está convicta de seus resultados positivos. Não fora isso, a palavra dos cientistas de variadas nacionalidades, que tem entre si em comum sua competência, passados tantos meses de vacinação, mostram pelos números que a vacina é a solução, querendo-se ou não. Na nossa infância tomamos uma porção de vacinas que nem lembramos: tuberculose, paralisia infantil, varíola, etc. Vacinas infantis obrigatórias. E grátis. Gripe, é a doença anual também atacada pela vacina. Aliás esta vacinação dos brasileiros, ao correr dos anos, criou uma expertise entre os profissionais de saúde da rede pública, que possibilitou, quando abastecida, de rapidamente vacinar contra a Covid milhões de pessoas. Muitos estão deixando de tomar a segunda ou terceira dose.

Alertem: 90% das novas mortes são causadas pela vacinação incompleta. Metade dos adultos jovens (entre 18 e 29 anos) não tomaram a segunda dose. Estão na linha de frente para morrer, com apenas 60% da imunidade garantida. São 670 mil.  Cerca de 230 mil gaúchos jovens não receberam a primeira dose. São os que mais circulam. Enquanto 75% da população já tomou a primeira dose, apenas 57% completaram a imunização. É justo então que quem não se vacinar ou o fizer de forma incompleta, seja barrado, como na Europa, no trabalho ou no lazer. Injusto e imoral seria por em risco pelos dissidentes a população que busca proteção a si e a outrem. Não há desculpa válida. Existe vacina sobrando, a vacinação é rápida, indolor e sem sequelas. Grátis. Minoritários, sejam quais forem os motivos que tenham, não deveriam prejudicar os majoritários.

Promotor de Justiça aposentado

ivar4hartmann@gmail.com

terça-feira, 9 de novembro de 2021

Gordinha sincera









Paraolímpicos: excelente investimento

Ivar Hartmann

As Paraolimpíadas trouxeram propaganda internacional positiva ao Brasil. Acompanhamos pelos noticiários de televisão as conquistas brasileiras que enchiam de alegria o nosso povo, sempre carente de boas notícias. Nossos atletas, como o fazem em suas vidas cotidianas, deram exemplos de superação, válidos para todos os brasileiros, com deficiências ou não. Para comparar: o Brasil ficou em 10º segundo lugar nas Olimpíadas de Tóquio, conquistando 7 medalhas de ouro, seu melhor resultado desde sempre nos Jogos. Nos Paraolímpicos que vieram logo após, também em Tóquio, competindo contra o mundo, o Brasil ficou em sétimo lugar com 22 medalhas de ouro. Uma larga diferença em benefício dos deficientes. Mereceram as homenagens pelas vitórias quando voltaram ao Brasil.

Os Jogos Paraolímpicos são o maior evento esportivo mundial envolvendo pessoas com deficiência. Incluem atletas com deficiências físicas (de mobilidade, amputações, ou paralisia cerebral), deficiências visuais (cegueira), além de deficientes mentais. Foram realizados pela primeira vez em 1960, em Roma. Cerca de 95% da equipe brasileira recebe apoio do Governo Federal, através do Ministério do Esportes, por meio do Bolsa Atleta, desde 2005, um dos maiores programas mundiais de patrocínio individual a atletas. Ele garante condições mínimas para “atletas brasileiros de alto rendimento que obtêm bons resultados em competições nacionais e internacionais”. É dividido em seis categorias: Atleta de Base (R$ 370); Estudantil (R$ 370); Nacional (R$ 925); Internacional (R$ 1.850); Olímpico/Paraolímpico (R$ 3.100) e Pódio (R$ 5 mil a R$ 15 mil). Neste ano o investimento foi de 117 milhões de reais. Melhor empregado do que no Congresso Nacional...

Promotor de Justiça aposentado

ivar4hartmann@gmail.com

quarta-feira, 3 de novembro de 2021

Pagamento

Vencido o primeiro mês de aluguel do
 apartamento daquela morena maravilhosa,
 o proprietário bate-lhe à porta.
— Quem é? — pergunta ela, sem abrir.
— O proprietário! Vim cobrar o aluguel!
— Dá para passar mais tarde? Agora estou
 pagando o açougueiro!


terça-feira, 2 de novembro de 2021

Uma fala de conteúdo

                           

Ivar Hartmann

As autoridades do Executivo e Legislativo federais nos brindam sempre com a tentativa de justificar o injustificável. No STF temos o perigoso para o país Gilmar Mendes, ou com pouco saber jurídico como Lewandowski, o amigo do Lula, ou o Toffoli de vida pregressa duvidosa. Assim me surpreendeu a fala do ministro do STF e presidente do TSE, Roberto Barroso. Diz ele em uma lição profunda de saber sobre a atualidade nacional: insulto não é argumento. Ofensa não é coragem. A incivilidade é uma derrota do espirito. A falta de compostura nos envergonha perante o mundo. A marca Brasil sofre nesse momento, triste dizer isso, uma desvalorização global, não é só o real que está desvalorizando. Somos vítimas de chacota e de desprezo mundial. Um desprestígio maior do que a inflação, do que o desemprego, do que a queda de renda, do que alta do dólar, do que a queda da bolsa, do que o desmatamento da Amazônia, do que o número de mortos pela pandemia, do que a fuga de cérebros e de investimentos. Mas pior que tudo. A falta de compostura nos diminui perante nós mesmos. Não podemos permitir a destruição das instituições para encobrir o fracasso econômico, social e moral que estamos vivendo.

Barroso é o mesmo ministro que há algum tempo definiu Gilmar Mendes: "A vida para vossa excelência é ofender as pessoas. Vossa excelência é uma desonra para todos nós. Vossa excelência desmoraliza o tribunal. Já ofendeu Carmem Lúcia, ofendeu o ministro Fux, e agora me ofende. O senhor é a mistura do mal com o atraso e pitadas de psicopatia". É uma síntese precisa de um indivíduo que descobriu que os outros ministros tem medo dele.  Acaba com a Lava Jato e se junta com Lula. É o que há de pior na magistratura brasileira.

Promotor de Justiça aposentado

ivar4hartmann@gmail.com