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quinta-feira, 24 de dezembro de 2020
Esse era o cara
quarta-feira, 23 de dezembro de 2020
Natal na pampa
Ivar Hartmann
Houve um tempo na pampa gaúcha em que só a lua iluminava a terra, transformando as coxilhas verdes em enormes ondas claras. Tempo de criação de gado, poucas luzes refletiam moradias longínquas. Mas os campos foram de povoando. As estâncias diminuíram seu tamanho levadas pelos inventários. Os vizinhos, lindeiros, peões se multiplicaram. Não é mais possível a um vivente sair em uma noite de lua cheia para caçar uma mulita, o tatu para o Natal, levando consigo um liquinho e esperança. Só com Deus. Só consigo. Só com o amigo. Coberto pela lua e agasalhado pela fresca da noite. O jovem sobrinho era muito querido na estância. Cara alegre, roupa de CTG, completavam o gaúcho bonachão. Seu único inimigo era o pai da prima que amava e proibia o namoro. Passados 50 anos, é difícil bem analisar questões tão pessoais e antigas.
Perto do Natal ele passou uns dias conosco e na lua cheia saímos, ele, eu e uns peões de vaqueanos, porque carne de mulita no Natal é presente de Deus para quem se perde nas noites da campanha. A noite estava linda e silenciosa como devia ser. Prateados, os lajeados corriam vagarosos e o gado se debruava nas cercanias. Voltávamos para a casa. A coxilha de pasto raso era a nave silenciosa de uma catedral. Súbito, ao meu lado, o companheiro começou a chorar em silêncio. Sentamos na grama e os peões se perderam no rumo da casa, que o trabalho sempre começava cedo. Fiquei quieto ouvindo o pranto do amigo. Que ao final de transformou em lamento, com a mais pura poesia de amor que já ouvi, ambientada como por determinação divina. Era a explosão dos sentimentos que todos conheciam e que ninguém podia solucionar. A mercê, meses e anos afora, pelo não. Duro, permanente, incontestável. E que agora transbordava em uma corrente incessante. Ficamos tempo lá fora. Ele falando e chorando. Eu, ouvinte silencioso, pensando que um carinho tão grande não podia ser desprezado pela natureza onde estávamos. Passaram os anos. Ao fim, tudo se acertou. Vivem felizes há muitas décadas. Da catedral, da lua e do pranto, só eu sei.
Promotor de Justiça aposentado - ivar4hartmann@gmail.com
terça-feira, 22 de dezembro de 2020
domingo, 20 de dezembro de 2020
Madrugada
LIZ CHRISTINE
Comer de madrugada
é um ato sublime!
E clandestino.
Como um machão lendo gibi do Cascão
Solitário como masturbação
Nós e estômago
Nós, uma mão
Comer de madrugada
Cair de boca
em comida gelada
À procura de leite condensado
Capuccino com chantilly misturado
Biscoito de morango recheado
Doce-de-leite saboreado
Humm!...
isto dá... tesão...
e nada mais Madrugada
sensação apaixonada
Que a paixão!
sábado, 19 de dezembro de 2020
O Rei
sexta-feira, 18 de dezembro de 2020
quinta-feira, 17 de dezembro de 2020
Madrugada em meu jardim
Miguel Jansen Filho
Um divino clarão vem do nascente
E sobre o meu jardim calmo resvala!
Na graça deste quadro reluzente,
A aragem fria os meus rosais embala!
Tudo desperta misteriosamente!
E a luz cresce e se expande em doce escala,
Avivando o lençol resplandescente
Da brancura dos lírios cor de opala!
E o sol, doirando as franjas do horizonte,
Celebra a missa do romper da aurora
Na doce Eucaristia do levante!
Da passarada escuta-se o clarim!
E a madrugada estende-se sonora,
Na aleluia de luz do meu jardim!
quarta-feira, 16 de dezembro de 2020
O vírus chinês e a política
Ivar Hartmann
Seguindo os especialistas mundiais, é difícil avaliar qual país está em pior condição no combate ao vírus que os chineses propagaram pelo mundo. Com dolo ou culpa eles são os responsáveis. País comunista, portanto sem respeito pela vida humana, sempre recusou o exame de equipes independentes para ver o que realmente houve em Wuhan, quando do início da epidemia. E como agiram para minimizar a ocorrência. A pergunta é: será que agiram? O único país que tem índices mínimos de mortes pelo vírus é justamente a China. Mais uma razão para desconfiar. E não é o ano de 2020 que está perdido para as populações, seja em educação, saúde, empregos e condições normais de vida. O próximo ano já está marcado pelos problemas deste ano. As economias foram seriamente atingidas, os postos de trabalho diminuíram, alguns setores, como o de turismo, quase desaparecem. O mundo está vivendo uma crise pior que a da 2ª Guerra Mundial. Ocidente e Oriente estão juntos na adversidade.
Eu jamais tomarei uma vacina chinesa ou russa. Porque são países sem liberdade. E onde não há possibilidade de expressão, onde os jornais não podem falar a verdade, onde os cientistas podem desaparecer sem que ninguém tenha coragem de saber para onde foram, como é possível acreditar no produto que vendem? As vacinas em geral, destas de uso comum, obrigatórias em crianças e necessárias em adultos, demoraram anos para serem aprovadas. Agora, em meses Rússia e China encontram a solução? Só bobo acredita. Bobo ou o Doria, governador de São Paulo, que está usando a vacina chinesa para confrontar o Bolsonaro, seu inimigo político. Doria tentará ser candidato a presidente. Então, assim como o Bolsô, vale tudo. O presidente em momento algum soube gerir a crise brasileira de forma científica. Ministros da Saúde foram trocados por não concordarem com ele. Nunca se preocupou com o uso de máscara e fez propaganda enganosa de medicamentos. Então Doria aproveita os erros para faturar votos. Aos dois interessa sua vaidade, não a saúde da população.
Promotor de Justiça aposentado - ivar4hartmann@gmail.com