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terça-feira, 31 de julho de 2018

Cocaína é proibida?

Ivar Hartmann

Minha geração sabia e esta geração sabe: nossos pais sabem menos do que nós. Podem ser carinhosos, nos dar sustento e educação. Garantir nossa saúde e segurança. Mas qualquer adolescente sabia e sabe: nossos pais têm mentes atrasadas. A par disso, quando eu era adolescente, a melhor maneira de virar homem, mesmo não tendo barba, era fumar. O vaqueiro do cigarro Marlboro, um tipo másculo, era a prova. Certo, ao final morreu de câncer. Os artistas de cinema então. Homens bonitos convivendo nas telas com mulheres lindas. Lindas! De cigarro na mão, em poses elegantíssimas, encontravam na nicotina a solução para seus problemas. Claro que eu queria me tornar homem logo. E passei também a fumar. Meu futuro foi interrompido por um irmão mais velho que me deu uma destratada e só não me surrou por pouco. Porque ele era viciado e sabia dos males do fumo sem poder deixá-lo. Passada a fase, fiquei homem ao natural e prescindi do cigarro, pela razão óbvia de que cigarro traz mau hálito e as mulheres gostam de beijar bocas perfumadas. Não foi? Com o tempo o cigarro foi proibido em locais públicos e em propaganda e as fumageiras desapareceram das telas.
Para darem lugar aos produtores de cocaína. Nas duas últimas séries da Netflix que assisti, apareciam figuras importantes do enredo cheirando a droga. Para resolverem seus problemas existênciais, fugir da realidade ou encontrar forças para enfrentar inimigos. Não tem o charme do cigarro na mão, mas a mensagem é a mesma de antigamente. Cheire cocaína, fume maconha, injete em seu corpo algum estimulante e a vida será um mundo de alegria. Em nossa época, tantos artistas do cinema e da música buscaram no uso de drogas resolver seus males ou melhorar sua desempenho. Conseguiram apenas belas lápides e sentidos prantos. Muitos atletas caíram dos pódios para a lama.
Concordo que cada um faça de sua vida o que lhe apraz enquanto não fira os direitos de seu concidadão. Agora, como nosso Governo, por um lado manda a polícia combater traficantes e por outro lado, permite a propaganda do produto vendido pelos traficantes? Voltamos ao tempo do cigarro. Para pior. Facilitamos a publicidade via filmes, de drogas proibidas pelo mal que causam. Hoje, pelo cinema, festa de adolescente tem que ter droga e sexo. É o que diz o figurino norte-americano. Como somos eternos macacos do pior dos americanos, devemos segui-los.
ivar4hartmann@gmail.com

Agora feda



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Dentadas

"EU SOU UM CARA QUE NÃO TENHO A
MENTE SUJA,APENAS TENHO UMA 
IMAGINAÇÃO SEXY."
                          Caco Dentão


Descoberta


FOI COMPROVADO EM RECENTE PESQUISA QUE 2% DOS POLÍTICOS PRESTAM. SÓ FALTOU DESCOBRIR UMA COISA: PRA QUE?

Everaldo dos Santos

O Brasil que eu quero


O Brasil que eu quero é um país onde as pessoas transem mais, bebam mais e deixem de lado a vida dos outros.

Gilson Variedades

Professor

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Fato

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segunda-feira, 30 de julho de 2018

Piradinho

criança com problemas


Agora feda

7 Fotos das Bundas mais Bonitas do Brasil


A verdade

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Toque do Gilson

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Gilson Variedades



Saco cheio



Merda

Paulo Leminski

Merda é veneno. 
No entanto, não há nada 
que seja mais bonito 
que uma bela cagada. 
Cagam ricos, cagam pobres, 
cagam reis e cagam fadas. 
Não há merda que se compare 
à bosta da pessoa amada.

Inveja

O  homem entra no consultório médico e diz: 
"Doutor, eu vim aqui fazer uns exames, porque passei 20 dias em férias. Neste período: viajei mais do que burrinha de padre, dormi tarde todos os dias, bebi cerveja, chopp, caipirinha e uísque, transei  com várias mulheres e até usei viagra, comi lagosta e camarão em demasia, exagerei no churrasco e não pensei nas consequências. Vim aqui pro senhor fazer uns exames e verificar o tamanho do estrago!
E o médico:
- Amigo, pode parar: você veio aqui pra se consultar ou pra me matar de inveja?

Conta

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domingo, 29 de julho de 2018

Timbaúba dos Batistas terá Uber em agosto


Timbaúba dos Batistas será a primeira cidade do Seridó a receber o serviço do Uber, aplicativo que possibilita a contratação de transporte privado urbano e revolucionou a forma como as pessoas se locomovem nas cidades.
No Nordeste, será a primeira cidade do interior a dispor do serviço: o Uber inicia a sua operação em Timbaúba dos Batistas na quarta-feira, dia 1º de agosto.
Inicialmente, o Uber atenderá somente a área urbana da cidade, e, progressivamente, atenderá a demanda na área rural, com a instalação de um escritório na comunidade Tôco.
Cerca de 70 motoristas já se credenciaram para atender a população de Timbaúba dos Batistas, oferecendo um serviço semelhante ao táxi tradicional.
O Uber é conhecido popularmente como um serviço de carona remunerada.
Os motoristas Uber não cobram diretamente por carona, mas recebem uma remuneração diretamente da empresa, conforme a demanda dos usuários, a duração e distância da corrida.
Atualmente, novas formas de mobilidade estão sendo estudadas, tais como o serviço de transporte sem motorista ou mesmo através de carros voadores.
Inicialmente, o serviço em Timbaúba dos Batistas será prestado por motoristas de carne e osso, e sem carros voadores.

Um seridoense romântico


Ciduca Barros

O homem seridoense é naturalmente romântico? Não sei. 
E se ele não o for, de quem é a culpa? Também não sei responder.
Entretanto, narrarei aqui um fato que talvez os ajude a responder estas indagações.
Seridoense de Currais Novos, ele era meu colega, meu amigo e meu compadre. Infelizmente, não está mais entre nós. Se aqui ainda estivesse, iríamos rir novamente da sua idílica história. 
Depois de 60 dias no Rio de Janeiro, participando de um curso, resolveu convidar sua esposa para um fim-de-semana na capital fluminense.
Uma colega de curso, sabedora do convite, sugeriu-lhe que, quando fosse apanhá-la no aeroporto, a presenteasse com um buquê de flores, atitude poética e sinal incontestável de romantismo e amor.  
Inicialmente o compadre hesitou, mas a colega, muito persuasiva, conseguiu convencê-lo.
Assim, enquanto se dirigia ao aeroporto, ele entrou em uma floricultura e comprou um lindo e dispendioso ramalhete, com direito a fitinhas e tudo o mais. 
Em seguida, dirigiu-se ao ponto de encontro. E lá ficou ele, pouco à vontade com o buquê nas mãos, sentindo-se ridículo, pois não estava acostumado com aquela atitude romanesca.
Seria coisa de machão seridoense? 
Quando sua consorte, muito elegante e airosa, apareceu na portinhola de desembarque, empurrando um carrinho de bagagem, logo o viu muito sério e com o ramalhete de flores nas mãos. Teve um enorme susto, pois nunca o vira com tanto rapapé.  
Foi por isso que o saudou com estas joias de palavras:
– Opa! O que é isto? Remorso?  O que você andou aprontando aqui no Rio de Janeiro?
E o marido, puto de raiva, atirou exacerbadamente o buquê numa lata de lixo e exclamou ainda mais puto da vida:
– Eu sabia que esta porra não ia dar certo!
E então? O homem nordestino é romântico?  
E se não o for, de quem é a culpa?

Escritor e colaborador do Bar de Ferreirinha

A lista

Um homem e sua esposa fizeram uma lista de seis nomes de pessoas com quem gostariam de transar.
Ela escolheu:
- George Clooney;
- Brad Pitt (foto);
- Rob Lowe;
- David Beckham;
- Cristiano Ronaldo;
- Antônio Banderas.
Ele escolheu:
- Sua irmã mais nova;
- Sua prima;
- Sua melhor amiga;
- A vizinha do apartamento do lado direito do nosso;
- A empregada da vizinha do lado esquerdo do nosso
- A professora de história, do nosso filho.
Homens são assim: simples, modestos e sem grandes sonhos.

sábado, 28 de julho de 2018

Maracatu atômico

Heraldo Palmeira

Eu era muito jovem quando ouvi um professor dizer que um homem é tanto mais universal quanto mais original se mantém ao representar as riquezas da sua aldeia.

Muito tempo depois eu estava numa grande universidade carioca, envolvido com a produção de um evento dedicado à literatura musical. Naquela semana repleta de nomes conhecidos, o público mal passou de meia casa no enorme teatro.

Até que, numa tarde, foi preciso fechar as portas porque não cabia mais ninguém. Na hora marcada, o homem esguio, lépido e fagueiro entrou. Pelo meio dos comuns, como entram os incomuns.

Ao tempo em que ia caminhando em direção ao palco e sendo notado, foi levando a plateia à loucura. Antes mesmo de abrir a boca, provocou uma espécie de convulsão coletiva. Todos estavam ali para viver duas horas de pura felicidade.

O homem subiu ao palco. E ninguém me contou, eu vi com meus próprios olhos: quase dez minutos de aclamação apaixonada, sem que lhe permitissem abrir a boca para uma única palavra de saudação.

O homem começou a andar de um lado para o outro, parando no centro e em cada um dos extremos do palco. A cada parada um assobio forte, com os dedos indicadores enfiados nos cantos da boca no melhor estilo moleque, espalhando seu combustível para ampliar aquele incêndio emocional.

Ali estava o homem que alguns acusaram de burguês que apropriou-se da arte popular do povo simples. Ali estava o nacionalista que reagiu mal à bossa nova, por considerá-la filha da influência do jazz. Que abominou o tropicalismo estrangeirado pelas guitarras dos baianos fantasiados de mutantes.

Ali estava quem chamou o maioral do mangue beat às falas, bradando seu nome com sotaque sertanejo: “Chico Ciência”. E que caiu em prantos na alça do caixão em sua morte prematura. Ali estava quem descia o pau em Michael Jackson, Madonna e John Lennon com astúcia de matuto. Sem machucar. Alguém que relativizava os Beatles com um displicente e gracioso “é claro que já ouvi falar deles, mas...”.

Ali estava o imortal que pouco aparecia na Academia Brasileira de Letras, pois preferia cavucar o país a ficar tomando chazinho em tardes modorrentas. Ali estava o homem acusado de muita coisa, vítima de muitas invejas e maledicências apenas por ser ele mesmo, daquele jeito arrebatador. Ali estava um homem com coragem para ser original.

Ali estava um guerrilheiro cultural que fez global a arte popular que lhe acusaram de pegar emprestada do povo simples. Que trouxe o mundo para sua aldeia. Ali estava o malabarista da palavra que nos encheu de felicidade por duas horas. Simples, complexo, interativo, dengoso, matreiro, maroto, certeiro, acolhedor, tonitruante, intransigente, delicado, sedutor, sagrado, profano. Engraçado até o talo.

Ali estava, como ele dizia de si mesmo, “um cangaceiro manso, um palhaço frustrado, um frade sem burel, um mentiroso, um professor, um cantador sem repente, um profeta”.

Ali estava uma obra de arte ambulante, um maracatu atômico construído por pitadas populares e eruditas como ninguém jamais misturou. O artesão de um reino cujo mapa seguirá secreto.

Ali estava uma personalidade múltipla, o inigualável Ariano Suassuna. A quem não pude negar, num cantinho escuro daquele palco inesquecível, nenhuma das minhas lágrimas de embevecimento por ver de tão perto tamanha força da natureza.

Um Quixote solitário e genial. Um visionário com seus cata-ventos armoriais soprando brasões inimitáveis sobre a terra brasileira. Um cabra arretado capaz de contrariar o sopro comum ao afirmar que “globalização é o nome novo do velho colonialismo”. Um resistente que jamais cedeu ao computador, preferindo desenhar suas letras maiúsculas com caneta sobre papel antes de convocar a velha máquina de escrever para dar curso ao veio precioso.

Um bicho do mato multimídia manual que destroçou com gaiatice a tecnologia que tentavam lhe apresentar, e que corrigia automaticamente seu nome digitado Ariano Vilar Suassuna: “Como vou escrever numa coisa que me chama Ariano Vilão Assassino?”.

Um homem que, no mundo real, me deixa de luto para o resto da vida – como um Chicó ou um João Grilo sem pai, a quem resta se agarrar à proteção de Nossa Senhora Compadecida dessa orfandade cultural. Um homem que, nas terras da Pedra do Reino, seguirá imperador rindo da morte Caetana para todo o sempre. Como cabe aos colossos imortais.

Veja aqui o relato do dia em que um papangu de vazante tentou converter um maracatu atômico: http://www.youtube.com/watch?v=rlC6oTcSUa4

Saudade de mestre Ariano, nestes quatro anos em que segue viajando pelas galáxias.

Documentarista, produtor cultural e colaborador do Bar de Ferreirinha

Seminário

Um grupo de mulheres reuniu-se num seminário com o tema Como Melhorar Sua Vida Conjugal
Foi questionado:
- Quais de vocês ainda amam seus maridos?
Todas levantaram a mão! 
Em seguida foram inquiridas sobre qual a última vez que teriam dito aos seus maridos que o amavam. 
Algumas responderam "Hoje", outras "Ontem", mas a maioria não lembrava. 
Por fim, fizeram um teste. Pediram que todas pegassem seus celulares e enviassem um SMS aos seus maridos dizendo: 
- Te amo muito, querido.
Depois, foi pedido que mostrassem as respostas dos respectivos maridos. 
Eis algumas das respostas:
- Você está bem?
- Que foi? Bateu com o carro outra vez?
- O que você quer dizer?
- Não fala com rodeios. Diz logo de quanto você precisa.
- O que você fez agora, meu Deus!!!
- Estou sonhando?
- Se não me disser para quem era este SMS juro que te mato!!!
E a melhor de  todas:  
- Quem é?

Mesmo local

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Queixa antiga

CASSIANO RICARDO 

É uma dor que me dói muito longe...
Dor antiga, separada do corpo.
É uma dor que me dói não sei onde,
meio física, metade celeste.
Um tanto minha, outro tanto da terra.
  
Veja o galho cortado a uma fronde
e que ainda dá flores sentidas
e que assim à sua árvore responde.
Seu futuro parece o meu passado:
minhas longas raízes ficaram
no chão duro de onde fui arrancado.

(No chão duro onde arroios felizes
ainda cantam pelos vãos do passado).

Paraíso



Recarga

Um viajante chega a uma pequena cidade
do interior, vai à única farmácia de lá, e
pergunta ao balconista:
- Você tem recarga pra Oi?
- Não senhor, pra oi nóis só tem colírio...
     

Agora feda




A espera

Gilson Variedades
Existe dia de tudo.
Dia do amigo,dia da
árvore,dia do beijo,
dia do caralho de asa
e por aí vai.
Tô esperando o dia de
ficar rico.


Onça