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domingo, 31 de março de 2019

Queda de Bruços

Agamenon Mendes Pedreira


É melhor Jair se acostumando: o governo do presidente “Bozo”naro é uma palhaçada! Para aumentar as trapalhadas do capitão, ainda tem o animado trio de filhos − Moe, Larry e Shemp Bolsonaro, Os Três Patetas mais votados do Brasil.
Mas o presidente não está nem aí. Aliás, parte domingo para fazer campanha para Bibi Sucos Netanyahu em Israel. Provavelmente, Bolsonaro vai até o Muro das Lamentações (que não foi construído pelo Trump) pra se queixar do Rodrigo Mala. Uma coisa é certa: Jair Bolsossauro vai aproveitar a estadia na Terra Santa para pagar uma promessa: mudar a capital do Brasil pra Jerusalém.
O fato é que nesta semana o governo mostrou que, pra ficar uma bosta, ainda precisa melhorar muito. Ninguém se entende, conversa ou tenta fazer uma terapia, DR, sei lá o quê. Segundo os cientistas loucos políticos, por seu passado de militar, o presidente quer instalar no país um regime de beligerancismo sem coalizão.
Resultado: a Câmara passou uma rasteira no Executivo e ficou todo mundo de queixo caído. Só não caiu o dólar, que foi pras alturas. O clima é de pânico controlado e desespero contido, e agora os principais atores políticos (aliás, como trabalham mal esses caras!) resolveram encenar uma trégua. Só que a interpretação foi tão ruim que ninguém acreditou.
Na verdade, os três poderes querem mesmo é phoder. Poder com o povo brasileiro. Para o Tosconaro, o Executivo tem que executar: executar os bandidos e marginais. Para Porquinho Maia, o Legislativo tem que legislar: legislar em causa própria. E o Judiciário tem que julgar: julgar o que é melhor para eles mesmos já que eles julgam que são melhores que os outros.
Nesse tabuleiro, está rolando um pesado xadrez político quando, na verdade, a maioria dos políticos deveria estar no xadrez.


Agamenon Mendes Pedreira é Humorista Sem Fronteiras e aceita doações. É um jornalista de caráter duvidoso, irresponsável e passado marrom. Com uma infância feliz, onde viva como trombadinha, seu talento para mentir o fez se apaixonar pelo jornalismo. Com passagens pelo cinema, jornal O Globo e Iguaba Grande, Agamenon Mendes Pedreira reside hoje em seu Dodge Dart 73, estacionado na rua da Amargura, de onde narra os fatos do país e do mundo, ao lado de sua patroa, Isaura, e de seus 17 leitores e meio (não se esqueçam do anão).

A pelada da lata e o nosso primeiro bullying


Ciduca Barros

Recentemente, escrevi um texto de despedida a amigo de minha geração que nos deixou – Joaquim Martiniano Neto, largamente conhecido como “Madureira”.
Entre outras palavras, postando uma fotografia comprovatória do fato, contei que: 
“Para comprovar que, no Ginásio Diocesano Seridoense, nós vivemos uma epopeia, conto apenas uma historieta. Madureira era membro de uma família onde todos os homens se tornam carecas. Ainda no ginasial, seus ralos cabelos começaram a cair. 
Ainda não haviam criado a expressão bullying, mesmo porque, naquele tempo, nós resolvíamos tudo no tapa. Então, sob seus veementes protestos, todos nós fazíamos gozação com a sua “futura careca”. Até que um belo dia, o pegamos a força para fotografar a sua calvície. Esta fotografia está sendo postada aqui, como uma comprovação história daquele famoso bullying”. 
Como eu disse na ocasião, e repito agora, ainda não conhecíamos a expressão inglesa “bullying”. Talvez conjugássemos o verbo “bulir” que, quando desagradava, saíamos todos na porrada e, mesmo com nariz sangrando, lábio rachado ou hematoma na testa, deixávamos nossas desavenças lá no ginásio.
Ginásio Diocesano Seridoense
Por outro lado, nossas refregas daquela época não deixaram em ninguém traumas, sequelas ou dramas psicológicos para carregarmos até os dias de hoje. Ao contrário, nossos enfretamentos juvenis ajudaram a formar a nossa personalidade e o nosso caráter, pois aqueles conflitos (às vezes, com vias de fato) nos mostraram, muito cedo, as “pauladas” que iriamos levar (e retribuir) nas árduas estradas da vida.
Não contei no texto, mas conto aqui. 
Naquele tempo, no Ginásio Diocesano Seridoense (GDS), em Caicó (RN), em frente à capela de São José, havia um busto de Dom José Delgado (fundador do ginásio). Em torno daquela estátua, formando uma espécie de passarela de cimento, improvisamos um campo de pelada. Era a famosa “Pelada da Lata”.
Por que “pelada da lata”? 
À guisa de bola, pegávamos uma lata de graxa para sapatos (naquela época, nós mesmos engraxávamos nossos calçados), amassávamos até que ela ficasse chata (tipo um disco) e ali estava a pelota. Jogamos ali durante anos, sem obedecer a lotação de atletas (o cara chegava e entrava no time que estava desfalcado). Nunca conseguimos contabilizar o sangue que correu abundantemente ali (inclusive várias cabeças lascadas). O cara chutava, a lata pegava um efeito e ninguém controlava o seu destino.
Era lata na testa. 
Lata nas canelas. 
Lata nos braços.
Lata nos ovos. 
Pensem no atleta que mais sofria? Acertou quem disse o goleiro.
Quem ia sempre para o gol? Aquele com menos habilidade ou, no caso, menos virulento. 
Encerrando, estou postando novamente a fotografia do dia em que “bulimos” com Madureira, afirmando que aquela brincadeira foi durante uma renhida “pelada da lata” e os contendores ainda estavam no “estádio da lata”.
Como estou recebendo muitas mensagens pedindo para identificar os “moleques” presentes naquele dia, aqui vão seus nomes:
Em pé, da esquerda para a direita: José Ney de Araújo (Cabo Ney ou, por sua violência na “pelada da lata: Caterpilar), Manoel Petronilo (+), Rômulo Gurgel Diniz (+), Damião, Carlos Memeu, Alfredo de Medeiros Brito, José de Araújo Vale e Osmar Pinheiro (interno da cidade de Currais Novos).
–Semi-agachados: Joaquim Martiniano Neto (+) (Madureira, a vítima) e Francisco de Assis Barros (Ciduca),
– Agachado: José Alves dos Santos (Zé Boré). 

Escritor e colaborador do Bar de Ferreirinha

Vizinho

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Agora feda

As bundas mais bonitas de toda internet 7


Drama

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Vá se lascar

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O mar de meus olhos

Sofia de Melo

Há mulheres que trazem o mar nos olhos

Não pela cor
Mas pela vastidão da alma
E trazem a poesia nos dedos e nos sorrisos
Ficam para além do tempo
Como se a maré nunca as levasse
Da praia onde foram felizes.
 
Há mulheres que trazem o mar nos olhos
pela grandeza da imensidão da alma
pelo infinito modo como abarcam as coisas e os homens…
Há mulheres que são maré em noites de tardes…
e calma.
     

Pense num papo furado

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sábado, 30 de março de 2019

Todos iguais

Eu sou feio, mas aos olhos de Deus somos todos iguais. Então,
você é feio também.

Gilson Variedades

Baú do Bar de Ferreirinha

Genilde Lima,Manoel,Rubinho e Juquinha.
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Mãe sincera

Prints Engraçados do Whatsapp e Facebook - Blog de Humor


Que porra de farofa é essa?

farofa picante


A puta

Carlos Drummond de Andrade

Quero conhecer a puta.
A puta da cidade. A única.
A fornecedora.
Na rua de Baixo
Onde é proibido passar.
Onde o ar é vidro ardendo
E labaredas torram a língua
De quem disser: Eu quero
A puta
Quero a puta quero a puta.

Ela arreganha dentes largos
De longe. Na mata do cabelo
Se abre toda, chupante
Boca de mina amanteigada
Quente. A puta quente.

É preciso crescer esta noite inteira sem parar
De crescer e querer
A puta que não sabe
O gosto do desejo do menino
O gosto menino
Que nem o menino
Sabe, e quer saber, querendo a puta.

Agora feda



sexta-feira, 29 de março de 2019

Caicó em festa

Itans sangrando.

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Boas ideias

Boas ideias para mudar o Brasil.

*Carro movido a bosta.

*Máquina de mandar 
políticos a puta que os
pariu.

*Palito de fósforo com 
duas cabeças.



Caicó tá foda

HÁ NÃOOO!


Bibicadas



 "O baixo nível da política brasileira é
 um dos mais altos do mundo." 










  Bibica Di Barreira

Bau do Bar de Ferreirinha

Roberto,Ferreirinha,Alvaro Dias
e Luiz Antônio.
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Sonho de consumo


 Ah,eu com um cartão desses na mão!
Já tenho até uma lista de compras:

*50 cuecas
*5 cargas de rapadura
*60  tapiocas
*1 carrada de farinha
*1 fusca
*50 litros de cachaça Samanau
*1 deputado
*25 barras de sabão
*1 par de havaianas
*1 casal de jegue
*1 ratoeira.


quinta-feira, 28 de março de 2019

Chamada de cana

Foto: Thinkstock/Veja
Heraldo Palmeira

Eu estava num local que não faz parte do meu trajeto tradicional. Precisava entregar uns documentos numa agência bancária e cheguei pouco depois das dez da manhã. Como o banco só abriria as portas às onze, tratei de tomar um café por ali mesmo.

O homem negro, pobre, roupas surradas se aproximou do balcão. Parou no fundo, do meu lado esquerdo. Com certo constrangimento, colocou uma moeda de um real no tampo de azulejo branco, impecavelmente limpo, e murmurou alguma coisa incompreensível para o balconista – que já conhecia de sobra o freguês e o pedido. Ao mesmo tempo do murmúrio, o homem também levantou o polegar, complementando sua comunicação particular.

Em seguida, se aproximou mais de mim trazendo junto um odor menos pior do que eu imaginava. Pensei que me abordaria, talvez para pedir dinheiro ou outra coisa qualquer. Mas ele apenas passou por trás e caminhou na direção do balconista, do outro lado do estabelecimento.

Nesses botecos simples o serviço de bar tem lugar certo no balcão, acompanhando a arrumação das garrafas e copos lá atrás. O balconista colocou um copo grande de plástico sobre o azulejo impecavelmente limpo e tascou cachaça até o meio. O homem pediu limão. Não tinha, o caminhão da entrega estava atrasado. Ele pareceu desapontado e saiu apressado pela outra porta, copo à mão. E circundou o bar por fora.

Eu não o perdi de vista. Ele parou mais adiante, na beira da calçada e, de uma lapada só, tragou toda a bebida. Não pingou um pingo. Não esboçou qualquer careta. Apenas meneou a cabeça levemente para baixo, como se mirasse o chão, e ficou teso como num transe, como quem recebe um santo, contraído e imóvel.

Parei de comer por uma eternidade que deve ter durado dez segundos. O homem levantou a cabeça, altivo. Respirou fundo, recuperou os movimentos, e eles vieram ampliados. Pisou o asfalto quente – estava descalço –, andou na direção de uma daquelas caçambas de entulho e jogou dentro o copo vazio. Olhou ao redor com ar de responsabilidade e apanhou alguns pedaços de papel picado que estavam por ali. Depois atirou dentro da caçamba. Atravessou a rua e sumiu sem cambalear dos meus olhos.

Voltei ao meu lanche. O balconista olhou para mim e permanecemos em silêncio reverente àquele sobrevivente. Não ousamos qualquer gracejo. Terminei minha pequena refeição, paguei menos de cinco reais e tomei meu rumo.

Documentos entregues no banco, entrei no carro e fui embora pensando naquele homem e sua chamada de cana tomada de uma talagada só. Fiquei com a certeza de que aquela cerimônia era tradicional, diária, com hora marcada. Um rio de mágoas que ele canalizava para a alma todos os dias, numa correnteza devastadora de álcool, sua forma homeopática de ir deixando a vida.

Heraldo Palmeira é escritor, documentarista, produtor cultural e colaborador do Bar de Ferreirinha

Dica

Rage Comics | 32/199 | TaFeio.pt


Agora feda



Galope

Artur Gomes

Com espada
em riste
galopamos
pradarias
e lutamos
ferozmente
por dois segundos
e meio
tua fúria era louca
que agarrei-me
em tuas crinas
pra não cair na lama
mas o amor era tanto
e tanto era o prazer
que quando fomos pra cama
não tinha mais o que fazer.

Saúde

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Sem medo

"Eu parei de fazer as coisas
com medo de dar errado,já
deu errado tantas vezes,se
der mais uma,foda-se."
GILSON VARIEDADES