Em Portugal, com o aumento do vírus chinês, o governo impôs novas restrições, nas quais, como aqui, os maiores prejudicados pelos novos casos são o comércio e a indústria. Lá, rastreando o recrudescimento, descobriu-se que a origem foram festas clandestinas destinadas a jovens em várias cidades. Aqui a polícia dá batida em propriedades rurais e urbanas ou aproveita a análise de convites feitos pela internet, para impedir a realização destes encontros, um dos quais tinha como propagada: todo mundo deve sair bêbado. Estas festas são promovidas por indivíduos que aproveitam a rebeldia dos jovens para faturar grande à custa de sua pouca vivência. Sempre foi assim. Desde que o mundo é mundo que os jovens são rebeldes e querem experimentar novidades. O fato é que esta rebeldia agora traz problemas para suas famílias e amigos face a liberalidade dos costumes, próprios de encontros que giram em torno de bebida e música.
E será que muitos jovens desempregados, que estão com problemas pela loja que quebrou ou pela fábrica que fechou não são exatamente aqueles que foram nas festas, ficaram contaminados, voltaram para suas casas, contaminaram terceiros e obrigaram a novas medidas restritivas dos governos? É um círculo vicioso. Os empresários colocam bandeiras pretas na frente de seus negócios fechados, enquanto a polícia vai atrás de festas clandestinas para controlar o vírus. Duas faces da mesma moeda. Denunciar as festas clandestinas que tanto mal estão causando durante esta pandemia é obrigação de todo proprietário de negócio, grande ou pequeno. Impedir o acesso dos jovens a estas festas é obrigação de todos os pais, os que sofrem pelo desemprego, e os que ainda estão livres dos problemas causados pela pandemia. Prender os responsáveis pelas festas, causar desconforto aos frequentadores, é obrigação da polícia que está fazendo seu papel em todos estados do país conforme se vê pela televisão. Precisa ser ajudada. Os moleques dançam, bebem e depois sofrem. Os adultos são omissos, calam e depois sofrem.
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