Meu coração bate desamparado
onde minhas pernas se juntam.
É tão bom existir!
Seivas, vergonteas, virgens,
tépidos músculos
que sob as roupas rebelam-se.
No topo do altar ornado
com flores de papel e cetim
aspiro, vertigem de altura e gozo,
a poeira nas rosas, o afrodisíaco
incensado ar de velas.
A santa sobre os abismos –
a voz do padre abrasada
eu nada objeto,
lírica e poderosa
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