Ivar Hartmann
Os jovens estudantes tem razão. Havendo governo sou contra. Não importa se o governo é da direita ou da esquerda. Afinal a escola é local de aprendizado. Esta resistência é mais importante ainda quando muitos destes jovens defendem Lula, Rede Globo, Folha de São Paulo, JBS, José Dirceu, Odebrecht, Aécio Neves, Sérgio Cabral, Dilma. A fina flor da intelectualidade nacional, somada a respeitabilidade e honorabilidade. No meu tempo de estudante a resistência estudantil estava ao lado de Leonel Brizola. Quanto os militares tomaram conta do governo abriram contra ele mais de 100 IPM-Inquérito Policial Militar. A sigla que levava medo. Bem: ele foi absolvido de todos, mesmo com sua defesa complicada pelo ambiente que vivíamos. Agora o Lula, em plena democracia, com advogados saindo pelo ladrão (desculpem), com recursos semanais aos tribunais, não consegue provar sua inocência. Então pugnar pela resistência? Ou obedecer às ordens de algum professor petista/comunista?
Eu era um estudante de esquerda. Daqueles de sair em passeata, fugir dos cavalos, espadas e baionetas caladas dos brigadianos no centro de Porto Alegre. Gritar palavras de ordem contra Carlos Lacerda o grande inimigo de Brizola. De estudar pouco, mas falar muito. Apoiar de coração as encampações da luz e da telefonia. Mas tínhamos um líder que julgávamos limpo. E era, provou-se depois. Agora resistir ao lado da camarilha enumerada acima e outros centenas de presos ou processados? Resistir porque o Ministro Moro vai endurecer com a corrupção e o crime organizado? Resistir porque depois de muitos anos, os Ministros de Estado estão sendo escolhidos entre técnicos competentes? Ou resistir porque o Bolsonaro é contra as mulheres, os negros e os homossexuais conforme afirmam seus inimigos e o que ele já desmentiu? Vamos pensar um pouco: teria ganhado a eleição sem os votos das mulheres, dos negros e dos homossexuais? Vamos pensar e resistir é contra o PT.
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