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domingo, 12 de novembro de 2017

Sobre o tempo e a poeira

ELIEL SILVA

Sei que pode parecer abandono, mas é apenas espera. Espera que o tempo de ajeitar as coisas possa vir. Tem sido assim por toda essa vida. Agora não seria diferente. E então chegará a vez de fazer a faxina geral, espanar os móveis, mover a poeira, eliminar as traças, remover as teias de aranha. Com o tempo aprendi que o pó e a cinza até ajudam a conservar determinadas coisas, as deixam intactas para um futuro indefinido. E assim, como já falou o poeta: “resta a espera, que sempre é um dom”.

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