Ciduca Barros
Não sei se atualmente as pessoas ainda fazem “gatos” nas instalações elétricas de suas casas para burlarem, criminosamente, a companhia de energia elétrica.
O gato é um ato condenável por ser um delito lesivo e desonesto.
Há muitos anos, um conterrâneo, mesmo sabendo que estava errado, fez um “gato” na instalação elétrica da sua residência.
Daí em diante, reduziu as suas contas de luz, mas passou a viver com mais atenção para não ser flagrado no seu desonesto erro.
Vivia, constantemente, avisando à sua esposa e aos seus filhos para não esquecerem de desligar o gato, quando o “hómi” da companhia de energia (COSERN – Companhia de Energia Energética do Rio Grande do Norte) viesse proceder a leitura mensal e ele, porventura, não estivesse em casa.
Era um constante e permanente estresse de toda aquela família.
O seu irmão era conhecedor do perigoso “gato” e da tensão em que vivia aqueles parentes.
E resolveu armar um grande susto.
Certo dia, com a família em torno da mesa, todos almoçando com aparente tranquilidade, o irmão entrou calmamente na varanda da casa e gritou:
– Leitura da luz!
E o pânico se instalou naquele lar. Desordenamento, correram todos e em todas as direções, com os pratos que estavam na mesa também voando em todas as direções e o cachorro da família, assombrado com o barulho, latindo sem parar.
Ainda suando desesperadamente, após ter desligado o “gato”, o dono da casa foi abrir a porta e constatou que era o seu irmão.
Ficou puto da vida com a pegadinha e ficaram intrigados por muitos anos.
Escritor e colaborador do Bar de Ferreirinha
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