Anderson Braga Horta
Quero-te as mãos ensolaradas
nas minhas pobres mãos escuras,
que as minhas mãos são sepulturas
e as tuas mãos são alvoradas.
nas minhas pobres mãos escuras,
que as minhas mãos são sepulturas
e as tuas mãos são alvoradas.
Quero-te os olhos, prematuras
luas num claro céu plantadas,
dentro em meus olhos, enseadas
noturnas onde, alta, fulguras.
luas num claro céu plantadas,
dentro em meus olhos, enseadas
noturnas onde, alta, fulguras.
Quero-te os lábios, favos doces
de etéreo mel, sobre os meus lábios.
Quero-te assim como se fosses
de etéreo mel, sobre os meus lábios.
Quero-te assim como se fosses
estrela azul e noite eu fora,
estrela ignota aos astrolábios,
que de meu céu, e só, pastora.
estrela ignota aos astrolábios,
que de meu céu, e só, pastora.
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