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domingo, 1 de outubro de 2017

Pélvicas angras

Geraldo Rodrigues



Pélvicas angras
aonde veleja 
meu barco ébrio 
entre suores.
Meu barco púbico 
roçando o porto 
de tuas ancas,
nos desesperos.

Se a quilha agito
qual um corcel,
nos descampados
já faço água
neste batel
desgovernado
nos teus desmandos.

Só sigo a viagem,
mais confortado,
quando fundeio 
nos teus abraços.

Enfim, assédios
de muitos frêmitos
me desintegram
nos teus penhascos!

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