Os mais novos não lembram. Não deve fazer 50 anos os produtos chineses vendidos no Brasil eram imitações mais baratas de bons produtos europeus ou americanos. Não tão bons, mas mais baratos. Os tempos foram passando e enquanto o Brasil continuou seu estigma de ser o pais dos coitadinhos, explorado pelos americanos, os chineses foram trabalhando, copiando, aperfeiçoando, matando os bandidos com um tiro na nuca e se industrializando. E, no caminho, passando outros gigantes da economia mundial. O Brasil poderia ter seguido o mesmo rumo com sua grande população, área, recursos naturais e áreas plantáveis infinitas. Seus políticos preferiram delapidar o patrimônio sabendo que aqui não tem o perigo do tiro na nuca. Bem, um amigo me mandou alguns comentários feitos pelo economista Ricardo Amorim, através de uma subsidiária da Globo. Vale dizer, a Globo não é só porcaria. Ele cita porque o casamento do Brasil com a China foi benéfico para os dois países. A China depende de alimentos e minerais. Nós exportamos para eles estes produtos antes comprados apenas por alguns países do ocidente. E nos vende produtos industrializados de todo tipo e tamanho, antes fornecidos para nós por empresas ocidentais. Vale dizer, compravam e vendiam pelo preço que queriam.
Agora compramos produtos eletroeletrônicos da China mais baratos e vendemos nossos agro-minerais mais caros. Resultado: o Brasil ficou mais rico. Comparando: o preço do soja hoje é vendido ao triplo do que era antes de vendermos para a China. Uma televisão custa hoje 1/15 avos do que custava antes. Então, sobra dinheiro na balança. Como estes produtos são baratos a nível mundial, sobrou dinheiro no mundo e os empréstimos entre países ficaram mais baratos, exatamente o que interessa ao Brasil, grande tomador de empréstimos internacionais para custear suas necessidades. Segundo ele, há hoje no mundo sete trilhões de dólares que não estão recebendo juros ou, pior, estão pagando para ficar depositados. Vantagem óbvia para o Brasil. Finalmente, conclui o Amorim, um quarto fator é que, se não há crescimento maior entre os países ricos e se aqui houvesse o crescimento que se tornou impossível pelas mazelas do governo Dilma, o Brasil estaria “bombando”. Inclusive trazendo de fora gente competente para nos ensinar a lição de casa em fábricas, universidades e no comércio em geral. Triste não é?
ivar4hartmann@gmail.com
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