Suruba agora é cultura?
Pela primeira vez, desde a sua inauguração, em 1947, o MASP (Museu de Arte de São Paulo), vetou uma exposição de arte para menores de 18 anos.
Esta decisão, talvez seja uma consequência do transtorno por que passaram o Museu de Arte Moderna de São Paulo e o SANTANDER Cultural de Porto Alegre, quando bancaram um sujeito nu, deitado no chão, e classificaram como sendo arte.
Comenta-se que a mostra do MASP, iniciada em 20.10.2017 e denominada de “Histórias da Sexualidade”, como não poderia deixar de ser, contempla todas as formas de posições eróticas e variadas maneiras de relações sexuais, inclusive algumas, consideradas pelos puritanos, como aberrações e/ou taras.
Paralelamente ao evento, alguns grupos, ditos intelectuais de “cabeça aberta”, estão criticando a proibição da entrada às crianças e adolescentes, ou seja, pessoas (de ambos os sexos) com menos de 18 anos. Segundo esses grupos “censuradores” da decisão do MASP, estão alegando que a cultura jamais deverá ser censurada.
Como nós somos de uma geração que cumpriu fielmente a censura, principalmente aos filmes cinematográficos ditos “impróprios para menores” (inclusive os inocentes filmes de Brigite Bardot), batemos palmas para a decisão do MASP.
Quando nossos menores estiverem com o caráter e a personalidade consolidados, eles logo saberão o que, na cama, nós conhecemos como: “papai-e-mamãe”, “frango-assado”, “carrinho de mão” e outras sacanagens sexuais.
Nossa geração, que também conheceu (e alguns até tentaram) todas as posições eróticas ensinadas por Kama Sutra, além de outras posições tupiniquins, continua achando que “suruba” nunca foi cultura.
Ou é mais uma “diarreia mental”?
Ciduca Barros é escritor e colaborador do Bar de Ferreirinha
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