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sexta-feira, 22 de novembro de 2019

A guerra Flamengo X River

H. Romeu Pinto


Não se fala em outra coisa nos bares, botecos e restaurantes das cidades: a decisão entre Flamengo X River mexe com os corações e mentes.
São duas equipes muito competitivas, potencializadas em um duplo devir virtualizante por causa deste clima, e também pela possibilidade de decidir o mundial em dezembro contra o Liverpool, no deserto.
Se o torcedor faz a proto-semântica de um discurso proposicional a partir de um universo possível, sua instauração epistemológica é traçada a posteriori.
Isto só acontece pela necessidade de construir-se um conhecimento teórico, escamoteado em uma base glosofônica da interioridade da razão, que leva o fanático a rasgar compromissos pra estar ao lado do time, seja em que circunstância pretória for.
A prática cotidiana do futebol prova que a consolidação das estruturas psicológicas promove a alavancagem dos princípios da ética normativa deontológica, e numa partida decisiva como esta, este estado de coisas é fundamental para determinar o vencedor, quiçá o perdedor também.
Desta maneira, o conflito da psique inconsciente corrobora o início da atividade geral de formação de conceitos e obstaculiza a apreciação da importância dos conceitos de propriedade e cidadania, que as torcidas do Flamengo e do River carregarão para dentro do estádio.
Não temos bola de cristal: deixemos rolar o jogo decisivo da Libertadores, antes de cantar vitória para um lado ou para o outro, pois os dois times estão em consonância com a textualidade apofântica sinteticamente determinável em sua exterioridade.
Assim sendo, qualquer um pode ganhar.
Que vença o que fizer mais gols!


Comentarista prolixo, filósofo, maconheiro e torcedor do bom futebol

Um comentário:

  1. Análise perfeita. Os flamenguistas que coloquem a barba de molho, pois sua argumentação é irrefutável.

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