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terça-feira, 19 de novembro de 2019

Confissão pública de Gilmar Mendes

Ivar Hartmann

Ninguém é unanimidade no Brasil. Nem Bolsonaro, nem Lula são odiados ou amados por todos. Mas, toda regra tem exceção. No Brasil, sem dúvidas, a aversão a Gilmar Mendes é unanimidade nacional. Somente as baratas têm tal unanimidade. Não foram as leis que garantem a sua presença no STF, e a proteção de influentes senadores, já teria sido cassado há muito tempo. Agora a movimentação para cassar o ministro toma um rumo único. Nunca antes os brasileiros foram às ruas para tirar um juiz de seu cargo. O Senado como sempre, vai protegê-lo. Vale a pena abrir no Google O Jornal da Cidade online. Cliquem em Gilmar Mendes e sua mulher, Guiomar Mendes. Impressionante o número de denúncias contra o ministro pela advocacia de sua mulher ou pela amizade íntima com pessoas que vai julgar. Recentemente quando o COAF saiu atrás do filho de Bolsonaro e das mulheres de Gilmar e Toffoli, os três, diz a grande imprensa, se acertaram e órgão parou o exame das operações bancárias deles. Quanto ao filho Flávio, alguém acredita em sua inocência? Conclusão: as mulheres dos ministros também devem ter o mesmo envolvimento. Gilmar, Toffoli e Bolsonaro socorreram os familiares.
Conhecedor do mar de lama de Brasília onde figurões dos Três Poderes estão sendo processados criminalmente, Gilmar Mendes, com toda sua vivência nesta vida pantanosa, confessou há pouco ao El País, em entrevista: “De fato, se deu poder para gente muito chinfrim, muito ruim, mequetrefe do ponto de vista moral e do ponto de vista intelectual.” Nunca imaginei que ele fosse confessar sobre sua postura moral, e seus dotes intelectuais. Chinfrim é sinônimo de insignificante, reles. Mequetrefe significa biltre, patife. Confissão como esta só em jornal de outro país. 

ivar4hartmann@gmail.com

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