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terça-feira, 26 de março de 2019

É igreja ou partido político?

Ivar Hartmann

Pesquisa de 2015, realizada pelo Pew Research Center, mostrou que um em cada cinco brasileiros é ex-católico, e que a troca de religião, segundo 81% dos entrevistados, foi motivada por uma maior conexão com Deus, enquanto outros 69% disseram que preferiam o estilo evangélico e 60% deram ênfase na moralidade. A pesquisa diz tudo. Em menos de 30 anos haverá menos católicos do que evangélicos no Brasil, hoje o mais católico do mundo. Segundo o IBGE, nos últimos 20 anos os católicos diminuíram em 22%. Eu me incluo no número. As religiões evangélicas continuam crescendo. E, mesmo assim, os cardeais não decidem mandar seus padres ater-se à palavra de Jesus perante Pilatos. Está em João 18.36: “Meu Reino não é deste mundo.” Mas há padres e bispos que insistem em fazer política. Como não foram educados e formados para isso, são facilmente manobrados pelos petistas-comunistas. Os mais famosos padres brasileiros são o Padre Marcelo Rossi e o Padre Fábio de Melo. Levam multidões às suas prédicas. Que fazem? Cantam e elevam a palavra de Jesus.
Que fazem os padres da esquerda? Esquecem sua formação religiosa e fazem proselitismo nas igrejas, pensando que os mais pobres, ou humildes como os definia Jesus, são auditório para pregação política. Erraram, seguem errando e levam a Igreja Católica a definhar. Parece piada: A Igreja paga por seus pecados. Definha enquanto seus cardeais e bispos não tomam ações para fazê-la voltar ao seu objetivo: divulgar os ensinamentos de Cristo aos fiéis. Prefere a cartilha política dos maus padres e piores políticos. O Sínodo da Amazônia a ser realizado na Itália em outubro é isso. Patrocinado pela Igreja Católica pretende examinar a situação da Amazônia. Mas, desde quando a Amazônia brasileira é propriedade dos países católicos do mundo? Deveriam fazer, por necessário, um Sínodo em Roma, com o Papa, para examinar as causas de a Igreja Católica brasileira estar desaparecendo.

ivar4hartmann@gmail.com

Um comentário:

  1. Quer dizer que os evangélicos não se metem em política. Veja a quantidade de políticos da chamada bancada evangélica. Silas Malafaia, quando não tá pedindo dinheiro, tá bajulando políticos inescrupulosos. Todo ser humano é um ser político e independente de religião têm o direito de expressar livremente sua opinião. A Amazônia também tem importância acima de países e religiões, é um bem da humanidade e precisa ser preservada, a despeito da incompetência e arrogância do atual governo.

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