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quarta-feira, 6 de março de 2019

Diarreias mentais - CXXXVII


O Hino Nacional Brasileiro

Em consequência de uma recente e acirrada eleição presidencial, os brasileiros continuam com seus corações armados e, naturalmente, qualquer “besteirinha”, com uma ajuda substancial da mídia e das redes sociais, é motivo para se criar uma grande e monumental celeuma que dura dias.
Por outro lado, os homens públicos da nossa tumultuada nação também contribuem para esses imbróglios desnecessários, quando fazem as suas declarações inopinadas ou tomam suas decisões estapafúrdias, fazendo também um alarde desnecessário e bobo.
É, justamente, o caso atual do Ministério da Educação que determinou, através de e-mail, que todas as escolas do país façam seus alunos cantarem o Hino Nacional, devidamente perfilados, e que o momento seja gravado em vídeo e enviado ao governo central.
Aqui fazemos uma pausa para procedermos a uma séria análise. 
Vejam como os políticos brasileiros procedem: no passado, alguns deles tiraram o ufanismo dos nossos alunos, levando junto a moral e o civismo, quando eliminaram uma matéria escolar que todos da nossa geração estudamos e que, obrigatoriamente, fazia-nos cantar, descontraidamente e felizes, o Hino Nacional: Educação Moral e Cívica. 
Em seguida, chegam novos mandatários e, a toque de caixa, determinam que os jovens cantem o nosso hino, denotando até uma obrigatoriedade, como se aquilo fosse “um bicho do outro mundo”. 
Caderno escolar com o Hino Nacional Brasileiro impresso na contracapa
Quando jovens, naquelas memoráveis aulas de Moral e Civismo, no Ginásio Diocesano Seridoense (GDS), de Caicó (RN), entre máximas de moral, honestidade e ética, nosso culto professor nos mostrou que são quatro os símbolos da Nação Brasileira: a Bandeira, as Armas, o Selo e o Hino.
Quanto ao hino, quem de nós não se lembra de todos devidamente perfilados, respeitosamente com a mão no peito, de maneira unissonante, cantando o Hino Nacional Brasileiro?  Pena que não fomos filmados para mostramos ao respeitável ministro que a sua “determinação” nada tem de novidade, apenas foi-nos tirado por pessoas que o antecederam. 
E dizemos mais. Todos nós sabíamos “de cor e salteado” a cantar o Hino Nacional Brasileiro. 
Lembram-se por quê? 
Porque, naqueles áureos e cívicos tempos, nossos cadernos escolares já traziam, grafados nas contracapas, as letras do Hino Nacional e do Hino à Bandeira.

Ciduca Barros é escritor e colaborador do Bar de Ferreirinha

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