Quando Epitácio Pessoa assumiu a Presidência da República em 1919, sua primeira mensagem presidencial ressaltava o problema da crise econômica brasileira. A carestia e a inflação prejudicavam a vida dos trabalhadores. Desde 1917, o movimento operário do país enfrentava essa situação e as más condições de trabalho com a instauração de greves gerais. Até o final do ano de 1919 e início de 1920 o recurso às greves persistiu e foi reprimido com a deportação de anarquistas estrangeiros ligados ao sindicalismo. Em 1921, foi promulgada uma lei que regulamentou as sanções ao movimento anarquista e o fechamento de associações de trabalhadores. Incrível: passados 100 anos continuamos em crise com números grandes e moral baixa.
8,52 milhões de quilômetros quadrados de área, 47% do território sul-americano, cerca de 202 milhões de habitantes. Quinta maior área territorial do planeta e sexta maior população, o Brasil é a nação mais multicultural e etnicamente diversa do mundo. 46,8% dos brasileiros são pardos. 43,6% são brancos. 8,6% são pretos e 0,47% dos brasileiros são indígenas. A expectativa de vida é de 75,51 anos contra 78,69 nos USA. É o mais rico em água doce, moeda futura, do planeta com 13,7% das águas. Nona maior economia segundo o Banco Mundial. Um avaliador da situação econômica de um país é o PIB per capita que corresponde ao produto interno bruto dividido pelo número de habitantes. Em 2017, o PIB brasileiro era de 15.160 dólares, a Argentina 20.270 dólares e o do Chile 23.150 dólares, conforme dados do Banco Mundial. Um país com maior PIB per capita tende a ter maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e o Brasil é ruim, na 79ª posição em um ranking de 188 países. Com desenvolvimento humano muito alto só há dois latinos: Chile (38ª posição) e Argentina (45ª). Resumindo, em 2019: capital e condições para crescer o Brasil possui. Resta trabalhar, na iniciativa privada ,e moralizar, na gestão pública. Conseguiremos?
ivar4hartmann@gmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário