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terça-feira, 29 de agosto de 2017

Atendimento no Ministério da Saúde

Ivar Hartmann

Quando pensamos: "tenho de ir ao..." e nos lembramos do órgão governamental de destino, municipal, estadual ou federal), normalmente sentimos um arrepio na espinha se não temos neste órgão alguma pessoa conhecida que nos diga quais caminhos devemos seguir para resolver nossa demanda. Parece que muitos servidores públicos esquecem que são servidores, isto é, empregados da população, pagos por ela para prestar serviços de interesse das comunidades onde atuam. E os jornais estão cheios de notícias a respeito. As que mais chamam a atenção, é claro, é das lutas de órgãos públicos contra os médicos que não querem bater ponto, forma moderna de verificar se a pessoa está ou não trabalhando. Aliás, uma das vantagens de que gozam os médicos e, ao contrário do restante da população, é não precisarem servir de jurados, este enfadonho trabalho que a democracia nos traz. 
Nesse desinteresse coletivo, são conhecidas as piadas criadas com a premissa do funcionário de não resolver prontamente o problema que se lhes apresenta. Vai o cidadão de um a outro guichê, outro colega, mandar voltar no outro dia, mandar anexar mais um papel. Deve ser uma doença originária ou da covardia de agir ou da preguiça de fazer. Nesta situação pedi a um amigo para resolver um problema meu no Núcleo estadual do Ministério da Saúde, em Porto Alegre. Na Avenida Borges 536, quinto andar. Se bem me lembro devem estar lá há uns 30 anos. Quando meu amigo voltou perguntei e ele falou: “Fui muito bem atendido!”. Brasileiro velho, logo lhe perguntei: “Mas o que houve”?” E ele: “Não, de verdade, fui muito bem atendido!” Hosanas! Hosanas nas Alturas! Ante tão surpreendente notícia resolvi telefonar para o tal órgão e, em duas ocasiões diferentes, falei com duas pessoas distintas. A lhaneza no trato, o interesse em resolver, a vontade de prestar informações que me dirimissem as dúvidas, olha, francamente, sem generalizar, não parecia Brasil!
ivar4hartmann@gmail.com

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