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domingo, 20 de agosto de 2017

É pra levantar ou baixar?


Ciduca Barros

Não me canso de dizer como é patético o fim do vigor sexual masculino. 
Já colecionamos diversas histórias engraçadas (ou seriam tragicômicas?) de homens quando constataram o final da sua vida sexual, ou seja, a fatal e infalível broxura. 
Volto a repetir que, graças ao azulzinho, a impotência sexual ficou mais distante, mas, não se iludam, um dia ela se instalará.  
Esta história ocorreu no início da década de 1990, portanto, às vésperas do advento do citrato de sildenafila. 
Manoel Antunes era um homem já beirando 80 anos, mas ainda com força nos braços para os trabalhos do campo. 
A exemplo de muitos homens simples do interior, ele era extremamente sincero (positivo, como se diz lá) e engraçado.
Contava ele que, certa feita, vindo a Natal para tratar dos seus negócios, aproveitou o ensejo e levou uma monumental garota de programa para um motel. 
Naquela oportunidade, ele foi apresentado à sua impotência sexual em toda a plenitude e, em vez de uma ereção, ele teve uma enorme decepção. 
A garota ali em sua frente, nua e linda, e ele ali num canto de parede, nu e broxa.  
Depois de vários minutos nessa triste situação, ele pede à sua companhia: 
– Menina, veja se você faz este “troço” levantar! 
A mulher, que não parava de olhar para aquele flácido molusco, já antevendo que iria ganhar o seu michê com moleza (desculpem o trocadilho), levantou o olhar e respondeu: 
– Meu senhor, levantar é com você mesmo. Eu estou ganhando pra fazer ele baixar.

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