Páginas

domingo, 27 de agosto de 2017

A fila anda

Ciduca Barros

Continuo admirado como nós, os homens, nos preocupamos com um bom desempenho sexual. 
Eu já afirmei, em textos anteriores, que as mulheres não têm essa preocupação. 
Para elas tanto faz se o homem gostou ou não da sua performance na cama. 
E tem mais: essa preocupação boba do gênero masculino vem desde muito tempo. 
Pelo menos, esta história é tão antiga, pois ocorreu num cabaré, que é um departamento em extinção.
Aquele conterrâneo, no início de sua vida sexual, foi a um prostíbulo e levou uma das profissionais para a cama. 
Conta ele que, durante a mecânica do sexo, a garota não parava de gritar histericamente:
– Tá bom... Tá bom... Tá bom...
Aquela frase gritada ao seu ouvido o encheu de ânimo. 
Quanto mais ele a ouvia mais se entusiasmava:
– Chega... Chega... Chega... – a moça(?) não parava de gritar.
– Caramba! Eu estou arrebentando – pensava ele.
– Tá bom... Chega... Tá bom... Chega...
Enquanto ela repetir esta frase incentivadora, eu não saio de cima – ele dizia para si mesmo.
Daí a parceira resolveu concluir a frase que, desde muito tempo, ela tentava dizer:
– Tá bom! Chega! Se apresse que ainda faltam outros “clientes”!

Nenhum comentário:

Postar um comentário