Há dois anos, Bolsonaro eleito foi se encontrar com o Presidente Trump dos Estados Unidos. Grande identidade entre eles, o americano que ficou rico comerciando em Nova Iorque e o latino ainda deslumbrado. Como Trump era contra a máscara e a favor da cloroquina, Bolsô seguiu seu ídolo. Trump foi derrotado na eleição pela maneira errada como dirigiu a pandemia. Não foi estadista, pagou o preço. Agora, passado um ano, as coisas ficaram mais claras. Os países civilizados da Europa e América adotaram a máscara como um protetor seguro e capaz de diminuir a contaminação. A cloroquina é considerado um medicamento que diminui os efeitos do vírus chinês, mas longe de ser um antídoto. A vacina chinesa que o presidente brasileiro recusava adquirir e que permitiu ao governador Dória correr na frente e comprar, em uma jogada política, ao final depois de milhares de mortes, começou a ser comprada da China.
A Amazônia é o pulmão do mundo segundo a lenda. Manaus, sua capital. Quando seus filhos poderiam pensar que morreriam por falta de oxigênio? O ministro da saúde está sendo processado por sua responsabilidade nas mortes. Bolsonaro, em desrespeito aos governadores que fecharam seus Estados, como o fazem os países europeus para lutar contra a pandemia, diz que eles não deixam as pessoas trabalhar. E para continuar a dar o mau exemplo para os pobres e sofridos, continua aparecendo sem máscara. A eleição para a qual ele busca a reeleição é o ano que vem. Como Trump, o que ele está fazendo agora vai refletir e ser cobrado amanhã. O atual presidente americano já vacinou 50 milhões de cidadãos em pouco mais de um mês, enquanto engatinhamos na vacina. Há que temer a volta dos quadrilheiros.
Promotor de Justiça aposentado - ivar4hartmann@gmail.com
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