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domingo, 2 de fevereiro de 2020

A infiel arrependida


Ciduca Barros

Eu já afirmei, em textos anteriores, que infidelidade conjugal é um assunto delicado e polêmico. 
Todos nós conhecemos alguém que traiu ou foi traído, mas o que eu gosto de enfocar são os fatos divertidos que, às vezes, são gerados por infidelidades conjugais.
Durante muito tempo, aquele cara tentou levar uma mulher lá da sua terra, legalmente casada, para a cama. 
Por muitos meses, ele a “azarou”, como se diz atualmente, e ela resistindo heroicamente. 
O que mais o animava a não desistir é que ela não revelava o seu assédio ao marido.
E de tanto insistir, a coisa aconteceu. 
Ele conseguiu o seu intento. 
Levou aquela mulher para um motel e transaram.
E então? Então, o lado jocoso desta história comum aconteceu depois do sexo. 
Ele fumando um cigarro, ainda deitado, satisfeito e feliz com o seu triunfo, ouviu quando ela afirmou, quase como um monólogo:
– Puta merda! Eu sou mesmo uma mulher muito infeliz! 
Ele, saindo da sua aura de felicidade, perguntou:
– Infeliz por que, querida?
E ela, como se ainda estivesse falando consigo mesma, disse:
– Eu tenho um marido que é ruim de sexo. Resolvo traí-lo e pego outro merda pior do que ele na cama!

Escritor e colaborador do Bar de Ferreirinha

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