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terça-feira, 8 de outubro de 2019

O livro-bomba de Janot

Ivar Hartmann

Militante de esquerda, Rodrigo Janot foi indicado por Dilma para a Procuradoria Geral da República e teve atuação destacada na Operação Lava Jato, como chefe dos investigadores. Publicou agora o livro NADA MENOS QUE TUDO. De rápida difusão. Eu mesmo mandei-o via WhatsApp para dezenas de amigos. Ele será lido por milhões de brasileiros, já que está sendo vendido nas livrarias e pela internet em papel ou e-book. En passant, ao final do livro, ele comenta que uma vez se armou para matar um desafeto e ao final não o fez. Logo contou para uma revista que o inimigo era o ministro do STF sempre presente nas más notícias, Gilmar Mendes. Daí, o livro que conta a história da Lava Jato desde o início até os tempos atuais, e que teria pequena publicidade e edição, virou sucesso imediato, alavancado pela informação do autor.  
Se a vontade de matar é mera peça publicitária, aplausos ao seu autor. Se for verdadeira, a lei protege Janot porque diz: “O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução, só responde pelos atos já praticados”. Ou seja, sem crime, sem castigo. Então toda a celeuma da imprensa sobre prisão, processo, fim da aposentadoria, etc. contra Janot, é conversa fiada. Assim como a pretensão dos relacionados no livro como bandidos, pedirem sua apreensão. Os fatos-bandidos em que se envolveram já eram públicos e notórios. Janot apenas despertou-os para nós, que tínhamos esquecido seus nomes, tantos são estes políticos. Como Onix Lorenzoni em quem uma vez votei. Temos que relembrar os nomes e fatos da Operação Lava Jato. O trabalho heroico do juiz Moro e procuradores é conhecido e admirado  no Brasil e no mundo inteiro. São formigas enfrentando os tamanduás do Congresso e STF. Vencerão? Avaliem lendo o livro. 


ivar4hartmann@gmail.com

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