Fui estudante de fazer passeata, correr da polícia. Nunca participei do que o Código Penal chama de “influência de multidão em tumulto”: fazer, mandados por desconhecidos, o que não se faz em situação normal, atear fogo a veículos, depredar prédios, roubar o que é possível levar. Daquele tempo para cá aumentaram (ou são todas elas?) as passeatas que terminam em violência. México, Chile, Equador, Singapura, Paris são destes dias: passeatas organizadas por entidades pacíficas que descambam até em mortes. Contudo não é uma situação bem estudada pelas polícias, nem a autoridade tem projetos de prevenção. Toda cidade em todo mundo tem seus bandidos, ladrões, anti-sociais. E, tão responsável quanto à polícia para dar proteção aos bens e as pessoas, são os organizadores para evitar a infiltração de elementos estranhos o que atualmente sempre acontece.
Vamos ao Rio de Janeiro: ex-governadores presos por ladrões, deputados estaduais perdoados apesar de presos pela polícia. A população sofrendo com vencimentos atrasados dos servidores públicos, a dívida pública impedindo ações e obras necessárias. E os morros cariocas cheios de quadrilhas disponíveis para atear fogo no Rio e lucrar com os objetos a serem roubados de supermercados e lojas. Passeatas de movimento estudantil, professores, caminhoneiros ou servidores públicos são facilmente invadidas e dominadas por meia dúzia de cabeças preparadas para fazer o mal. Em todos os lugares, a partir de um momento, eles comandarão a marcha de início pacífica e final de destruição e manchetes na TV. Os organizadores dirão que não são culpados. Mas são responsáveis sim para que as passeatas transcorram sem violência. Urgente o Ministério da Justiça criar normas para passeatas.
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