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terça-feira, 15 de outubro de 2019

Do Gilmar, do Janot e da Netflix

Ivar Hartmann

Como falar de assuntos tão díspares? É que podem se completar. Seguramente um dos homens mais odiados do Brasil é o ministro Gilmar Mendes, o inimigo público número um da Lava Jato e do Ministro Sergio Moro. Em condições normais, face ao que escreveu Rodrigo Janot em seu livro, dizendo que pretendia matá-lo, ele deveria ser perdoado e aplaudido como um ministro do STF que sobreviveu a sanha de um inimigo oculto e traiçoeiro. Seu inimigo, Janot, por outro lado, não está vendendo tanto de seu livro Nada menos que tudo, quanto imaginava. Pudera, dez dias antes do lançamento já circulava a edição completa pelas redes sociais. Eu mesmo recebi duas vezes e me encarreguei de reenviar o arquivo para vários amigos, que, seguramente, fizeram outro tanto. Se está na rede, para que comprar na livraria?
Agora entra a Netflix. Para provar que os pedidos de assinatura de moções para cassar Gilmar, Toffoli e outros, é instrumento atual e legal para os brasileiros descontentes se manifestar. O documentário Como mudar o mundo, da Netflix, conta a fundação do Greenpeace, o movimento protetor da natureza temido mundialmente pelas grandes empresas e governos. Que já ganhou batalhas contra testes nucleares, morte criminosa de baleias e focas. Jovens atuantes no mundo todo. Criado em Vancouver, Canadá, por meia dúzia de meio hippies, que saíram com um pequeno navio velho para impedir uma explosão nuclear americana no Alaska, no governo de Nixon. Esta ação tornou-se notícia mundial e despertou as consciências entre os jovens do mundo que pensaram e pensam: eu também posso. Vejam o filme e estejam certos: os pedidos de assinatura que chegam para vocês pelas redes sociais são forma poderosa de combater os inimigos do Brasil. 

ivar4hartmann@gmail.com

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