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domingo, 6 de outubro de 2019

A macarronada


Ciduca Barros

Estive em Caicó e lá um amigo me lembrou desta história do passado, que comprova a necessidade dos órgãos que atualmente controlam a higiene em bares e restaurantes.
Naquele local, no meu tempo, funcionou o bar de Severino Barbela. 
Era um estabelecimento que ficava defronte ao antigo descaroçador de algodão do senhor Josa Diniz, que chamávamos de “O Vapor de Josa”.
Segundo o meu amigo, posteriormente, ali funcionou um bar/restaurante de propriedade de uma senhora que se notabilizou por sua falta de asseio. 
E a sua história mais marcante eu narro a seguir.
Ela achava a cozinha muito pequena e quando decidia fazer uma macarronada, botava o macarrão para escorrer numa urupemba. 
E que tem isso de errado? Nossas mães também faziam assim, alguém deve estar dizendo.
Certo, mas a dona do bar/restaurante botava o macarrão para escorrer no vaso sanitário do banheiro da clientela. 
Por incrível que possa parecer, ela levantava a tampa do vaso e ali colocava a urupemba. 
Cerveja é reconhecidamente diurético. 
Quando um cliente corria para o banheiro, de lá mesmo ele gritava:
– Dona Maria! Venha tirar o macarrão daqui que eu preciso mijar!

Escritor e colaborador do Bar de Ferreirinha

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