Ivar Hartmann
Um brasileiro de centro certamente notou que se trava no país um imenso jogo de xadrez entre a direita à esquerda, ou seja, um jogo que não está subordinado à sorte e sim a tática e a estratégia. Todos já viram ou usam um tabuleiro de xadrez, mas recapitulemos: é igual ao de um jogo de damas, este muito mais fácil e mais praticado. Como no xadrez, dois adversários se digladiam, um com pedras brancas outro com pedras pretas. Quem retira a última pedra do adversário ganha. No xadrez, muito mais sofisticado, temos peões, bispos, cavalos, torres, uma rainha e um rei. A rainha é peça fundamental, mas o mais importante é derrubar o rei. Então, no xadrez nacional, nas pedras pretas, temos um rei que podemos representar pelo Gilmar Mendes. A rainha pelo Dias Toffoli; torres os presidentes da Câmara e do Senado; bispos o José Dirceu e a Gleise Hoffmann; cavalos sem dúvidas, Dilma Rousseff e Maria do Rosário. Peões são, claro, os eleitores da esquerda. Nas pedras brancas o rei, sem dúvidas, é o Bolsonaro. A rainha, por demais óbvio, o Sérgio Moro; torres os ministros Paulo Guedes e Abraham Weintraub; bispos, os ministros militares; cavalos, os dois filhos de Bolsonaro. Peões os eleitores da direita.
O Gilmar e o Bolsonaro disputam uma partida com a Lava Jato e o chefe da gangue, de apelido Lula, como prêmio. Estou certo ou errado? Fica fácil então entender, porque o ataque das pretas ao Moro, a rainha das brancas, no caso da cópia ilícita das gravações do Moro com promotores. Que não é combatida pelo STF do Gilmar das pretas. É fácil entender por que o Ministro da Educação, das brancas, faz piada comparando cocaína com a Dilma e Lula. Uns e outros estão agrupados, atacando e contra-atacando. Levando seus peões à excitação. Nenhum pode ou vai mudar de cor ou bando. Deixar de ser da direita ou esquerda. Compete aos eleitores e povo de centro, ter a mente clara nestas horas escuras de um xadrez fundamental para nós.
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