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quarta-feira, 3 de julho de 2019

Diarreias mentais - CLIV


Uma doce nostalgia

Nostalgia é a sensação de saudade de um tempo vivido, é um sentimento que surge a partir da frustração de não poder reviver certos momentos da vida.
Não adianta negar: todos nós somos nostálgicos.  
Mesmos aqueles que têm hoje uma vida melhor do que a de outrora também são nostálgicos. Temos sempre saudades de pessoas, épocas, coisas do nosso passado. 
Isto é nostalgia. 
Estudos mostram que certas pessoas são levadas a crer que anos ou décadas passadas eram melhores do que são agora. 
Isto é uma nostalgia exagerada.
Muitos fatores podem acionar a nossa nostalgia: filmes, nomes, comidas, músicas, perfumes, pessoas, histórias, etc.
Nasci e morei até a minha adolescência numa cidade do interior do Nordeste Brasileiro, numa época de muitas dificuldades e carências (só hoje me apercebi disso).
Entretanto, não apenas eu como todos da minha geração, sabemos que tivemos uma imensa felicidade de nascer em Caicó, Rio Grande do Norte.  
Se você não concordar comigo é porque não nasceu nem viveu lá.
A nossa humilde pretensão aqui é despertar a veia nostálgica que cada um tem dentro de si. Despertar aquela doce e suave saudade do passado e não uma nostalgia braba e doentia de um tempo que, infelizmente, não podemos revivê-lo. 
Porque também existe a nostalgia como mal fisiológico, embora não conste de nenhum compêndio médico. 
Despertemos, todavia, a nossa saudável e doce nostalgia, a nossa salutar saudade do passado com as histórias, fatos, coisas, causos, ditos e personagens que tivemos a doce felicidade de vivê-las e, ainda melhor, vivenciá-las gostosamente.  
Ademais, lembremo-nos daquele velho e nostálgico ditado que diz: “Recordar é viver”.

Ciduca Barros é escritor e colaborador do Bar de Ferreirinha

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