Falta de humor
Não existe algo mais incômodo do que alguém mal-humorado ao seu lado. Infelizmente, existem pessoas negativistas, amargas e que veem o mundo sempre cinzento, esteja o tempo claro ou nublado. Para essas pessoas todo mundo é feio, tudo está ruim, fala mal do tempo, dar muxoxos, entorta a boca e está sempre resmungando.
O mal-humorado é azedo, pois já disseram até “que o limão é uma laranja de mau humor”. Quem não conhece pessoas assim? O pior é que o mau humor é altamente contagioso, pelo menos para mim que, infelizmente, nunca achei a vacina apropriada.
Vive-se, no Brasil e no mundo, um período de muitas apreensões e temores, mas isto não deve nos tornar constantemente enfadonhos e carrancudos.
Lá no nosso sertão do Seridó, ouvi conterrâneos aconselharem outros a tomar chá de boldo, como uma panaceia para curar doenças do fígado, segundo nossos conterrâneos, causadoras de certo tipo de mau humor.
A propósito, eu também já li algures que a Medicina afirma que o mau humor afeta a saúde, assim como, concomitantemente, um grande número de doenças pode ter a raiva e a irritabilidade como sintomas. Portanto, mal-humorados, procurem um médico, pois o seu azedume pode ter cura.
Aliás, não é propriamente uma vacina, nem outra panaceia, mas pode ser uma proteção temporária contra a falta de humor: o sorriso. O grande poeta Mário Quintana disse: “O sorriso enriquece os recebedores sem empobrecer os doadores”. Nada melhor do que uma larga e sonora gargalhada para espantar o mau humor e, às vezes, até afugentar o mal-humorado das proximidades, porque existem certos “azedos” que se sentem incomodados com a felicidade alheia.
Outra grande mente que o mundo conheceu, Charles Spencer Chaplin, um dos grandes gênios do cinema mundial e criador do impagável Carlitos, na sua imortal canção “Smile”, também aconselha sorrir como uma forma de afugentar várias mazelas da alma, inclusive “quando o sol perder a luz”.
Ciduca Barros é escritor e colaborador do Bar de Ferreirinha
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