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domingo, 13 de maio de 2018

Rubéola

Ciduca Barros

A mulher daquele conterrâneo já era ressabiada com tanta armação que ele urdia. 
Ele era legalmente casado, mas vivia se envolvendo em casos extraconjugais. 
Morando numa cidade do Seridó, certa feita viajou para tratar de um assunto corriqueiro em Recife. 
Já fazia três dias, quando a esposa, que já estava preocupada, recebeu sua ligação:
– Ritinha! Ainda não voltei porque estou com rubéola, mulher.
A sua preocupação transformou-se, imediatamente, em ciúmes e ela gritou de volta:
– Pois pode ficar com essa tal de Rubéola aí que eu vou achar um macho aqui também.

Escritor e colaborador do Bar de Ferreirinha

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