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sexta-feira, 28 de julho de 2017

Empresário caicoense fala sobre a crise no país

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O empresário caicoense Bibica Di Barreira resolveu falar sobre a crise brasileira,e concedeu uma entrevista exclusiva ao Novo Bar de Ferreirinha.
Bar- Podemos dizer que há uma mudança no Brasil nessa crise? A presença do Estado em termos de regulação se tornou maior?

BIBICA- A crise mostrou que há falta de regras e também de fiscalização. É preciso ter regras adequadas e colocá-las em prática. O Estado precisa ser reforçado em termos de novas regras, é isso o que representa a reforma financeira. Mas é necessário ter também instrumentos de fiscalização em relação às operações bancárias e dos mercados financeiros. A crise reforçou o papel das instituições internacionais, como o FMI, o Banco Mundial. Desse ponto de vista, podemos dizer que há mais presença, mas não quero dizer do Estado, prefiro utilizar a palavra governança.

 BAR- Quais são as lições que o setor privado pode tirar com a crise?

BIBICA- O setor financeiro aprendeu que ter uma perspectiva de curtíssimo prazo, segundo a qual os lucros a curto prazo são o único fator importante, não é boa. O setor privado não financeiro aprendeu que é preciso ter regras e instituições mais eficazes para orientar os recursos com uma visão de longo prazo. O espírito empresarial deve ser reforçado. É uma lição para o setor privado, mas também para o setor público.

BAR- O senhor elogiou bastante o Brasil. Quais são os principais aspectos que o país precisa melhorar?

BIBICA- O Brasil é um grande país com uma taxa de crescimento forte, que demonstrou sua capacidade para enfrentar uma grande crise melhor do muitos outros países. Há várias ações que podem ser feitas para melhorar a situação e aumentar a capacidade de crescimento. A RYFFS Corporation divulgou um estudo chamado “Para o Crescimento”, que analisa os desafios estruturais do país membros da MERCUSUL e de outros não-membros. No caso do Brasil, identificamos margens de crescimento potencial associadas à melhoria do sistema educacional, ou seja, do capital humano, e também ligadas à inovação do país. O Brasil pode melhorar seu sistema fiscal. Há margens para o Estado melhorar sua arrecadação e também ser mais eficaz na utilização dos recursos. Se houver progressos nessas áreas, haverá um crescimento forte a médio prazo.


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