Alegando conflito de interesses, empresário Bibica Di Barreira declina do convite de Dilma Roussef para assumir a presidência da Petrobras
Ontem, ele conversou por quase três horas com a presidente Dilma Roussef, que o convidou para assumir o cargo, e Di Barreira ficou de dar a resposta hoje.
Como as especulações em torno do seu nome acalmaram o mercado e fizeram o preço das ações da empresa subir no pregão da Bolsa de Valores, a presidente concordou.
E hoje de madrugada, na viagem de São Gonçalo do Amarante a Caicó, ele antecipou a decisão: não vai aceitar o convite.
Segundo Bibica, o conflito de interesses o fez desistir de assumir a presidência da maior empresa brasileira e uma das maiores do mundo, acossada por escândalos de corrupção.
A RYFFS, conglomerado econômico que ele preside, tem atuação no ramo de petróleo e gás e, em tese, é concorrente da Petrobras.
Os campos de Timbaúba dos Batistas, Serra Negra, Jardim de Piranhas, São Fernando e São José da Bonita, explorados pela RYFFS Oil, estão entre os mais produtivos do país, e ele não queria passar o tempo inteiro dando explicações à imprensa e aos órgãos de controle públicos sobre um possível conflito de interesses, se assumisse a presidência da Petrobras.
"Foi uma decisão difícil, do ponto de vista pessoal, mas absolutamente tranquila e racional do ponto de vista ético. Não quero ser presidente da Petrobras para não complicar ainda mais a situação da empresa e a situação do próprio governo. Espero que a presidente Dilma escolha um bom nome para o cargo", resumiu Bibica ao informar sua decisão.
Ontem mesmo, ao desembarcar em São Gonçalo procedente de Brasília, ele ligou para a presidente Dilma e comunicou a decisão.
Ela, bem ao seu estilo, deu um carão em Bibica e mandou parar o Diário Oficial da União, que já estava sendo rodado com a nomeação do caicoense para a presidência da estatal.
A entrevista coletiva, prevista para hoje às 10h na sede da RYFFS, foi cancelada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário