Ciduca Barros
“Ora, Israel amava mais a José do que a todos os seus outros filhos, porque era filho da sua velhice”. (Gênesis 37:3)
Não existe um padrão ou regra bitolando a formação de um casal.
Estamos em pleno Século XXI e, desde que não ofenda a lei ou a moral, parece que tudo é permitido.
Cite-se, como exemplo, o que estamos vendo em nossa volta: a união de pessoas do mesmo sexo.
Portanto, qual a razão de ficarmos estarrecidos quando encontramos um casal díspar?
Casais com grande diferença de idade é o que vemos a toda hora.
Interesse financeiro? Escada social?
Não nos compete saber o porquê.
O que conta é que existem mulheres unidas com homens mais jovens e cidadãos com idade avançada casados com mulheres novíssimas.
Nós temos um conterrâneo, aposentado e safenado, que já tem mais de setenta primaveras e que embarcou na onda desses novos tempos.
Devidamente divorciado, casou com uma mulher que tem a idade de sua filha.
Até aí, tudo normal.
Certo dia, casualmente, encontramo-nos num shopping da cidade.
Ele, muito ancho (como dizia a finada minha mãe), de braços dados com sua jovem esposa, empurrando um carrinho de bebê, com um recém-nascido.
Posteriormente, conversando com seu genro, contei o fato.
O genro me informou que a jovem casada com seu sogro deu à luz uma criança.
Ele, mais uma vez, foi pai.
– E sabe como é o nome do seu rebento? – perguntou-me.
Como eu não sabia, ele me disse:
– Chama-se Azulzinho!
Segundo ele, o velho tomou tanto Viagra que o nenê nasceu azul.
Acredito que o genro exagerou!
Vi apenas dois lindos olhos azuis no garotinho.
Escritor e colaborador do Bar de Ferreirinha
Nenhum comentário:
Postar um comentário