Ciduca Barros
Era uma cidadezinha perdida nos nossos sertões, onde a necessidade de apresentar documentos era quase zero, principalmente da infância até a idade escolar.
Era uma família pobre, sem a mínima condição de efetuar uma viagem, daí, mais uma vez, a desnecessidade de apresentarem documentos.
Um dos filhos daquela humilde família chamava-se Francisco de Assis e, como todo Francisco tem o apelido de Chico, era assim que os outros o chamavam.
Ele se chamou Francisco de Assis da Silva até os seis anos de idade, quando foi necessário apresentar a sua Certidão de Nascimento, para matriculá-lo no Grupo Escolar daquela cidadezinha.
Pasmem, como pasmada ficou a sua mãe, quando constatou que o seu filho Francisco de Assis se chamava mesmo Wellington da Silva (assim mesmo com dois “eles”).
O que ocorrera? O seu pai era dado a uma carraspana.
A mãe pediu ao marido que fosse registrar o filho com o sagrado nome de Francisco de Assis, pois a criança nasceu em outubro, mês dedicado a São Francisco.
O pai, depois de fazer um tour etílico pelos botecos da cidade, comemorando o nascimento de mais um filho, ao chegar ao cartório, esquecera o nome sugerido pela mulher.
O tabelião, querendo despachá-lo logo, sugeriu Wellington, o que o pai acatou imediatamente, pois também queria voltar logo para os bares.
Sabem como ele é conhecido atualmente?
Chico Wellington!
Escritor e colaborador do Bar de Ferreirinha
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