Carlos Linneu Torres Fernandes*
Vivas
ao centenário de vida de Manoel Torres, nascido no sertão do Rio Grande
do Norte.
Prefeito
e deputado várias vezes.
Pertence
a uma estirpe de homens públicos em extinção.
Uma
espécie de político que já no tempo da Grécia clássica, Diógenes procurava com
um lampião na mão.
'Procuro
um homem público honesto", dizia.
Muitos
atributos que fazem um bom homem público são lembrados.
Capacidade
de gestão, sintonia com as aspirações dos representados, dedicação à coisa
pública.
Mas
nenhuma é superior à honestidade, o respeito ao dinheiro que empresários e
operários despejam nos cofres públicos para os investimentos coletivos.
O
bom gestor é dispensável.
Também
o é a dedicação ao cargo.
Mas
a honestidade, essa é indispensável.
Que
nada construa para os representados, mas que mantenha intocável da fúria
corruptiva o dinheiro que não lhe pertence.
Prefeito
de Caicó, Manoel Torres ligava o barulhento ar condicionado do gabinete somente
nas audiências e o desligava em seguida.
Um
dia, a geringonça pifou de vez, condenado ao silêncio eterno.
Era
a desculpa que faltava para o prefeito não o acionar nunca mais.
Um
obcecado pelo corte de despesa inútil.
Viajava
sem receber diárias.
Como
faz falta nestes tempos de mensalões, petrolões e outros que estão a caminho.
Era
do antigo PSD mineiro, aquele que reverenciava dinheiro alheio.
O
PSD de Walfredo Gurgel, Teodorico Bezerra e Lauro Arruda.
*Cidadão caicoense
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