DUDA COSTA
A vida tem dessas coisas mesmo. Há certos momentos em que por mais que a gente queira, faça e se empenhe, quase nada consegue reverter nossa sensação de impotência diante dos acontecimentos.
É frustrante, eu sei, mas a verdade é que pouca coisa é capaz de reverter essa sensação de impotência porque ela é simplesmente real.
Eu sei que ninguém conta isso lá na porta, mas há uma parcela de coisas na vida que a gente não escolhe, não controla e não reverte. O jogo é esse. Há um bocado de coisas sobre as quais a gente não pode fazer nada. Há coisas que não estão ao nosso alcance e coisas que não são da nossa alçada. Há coisas para as quais aquelas regras do desejo, do empenho e do esforço simplesmente não valem.
Por mais cretino que isso soe, há certas coisas sobre as quais nossa única possibilidade é aceitar. Aceitar e digerir sem regurgitar.
Aceitar e se empenhar – aí sim – para, de um jeito de outro, ficar em paz.Aceitar e se conformar com o fluxo dos acontecimentos. Aceitar e depositar um bocadinho de esperança no destino. Largar a teimosia e usar um pouco do jogo de cintura que a gente adquire dançando o quadradinho da vida para entender que só vale gastar energia com as coisas que estão ao nosso alcance e que, com o tempo, os aprendizados e os tropeções, a vida – tão bonita ela – dá um jeito de se explicar.
Tem que acreditar.
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