Anderson Braga Horta
Quanto se foi e quanto inda vem vindo
dividem-me o calor da etérea chama.
Lastreio-me das pedras do que é findo,
evolo-me ao porvir. E se derrama,
dividem-me o calor da etérea chama.
Lastreio-me das pedras do que é findo,
evolo-me ao porvir. E se derrama,
entre os pólos fluindo e refluindo,
o azeite que na lâmpada se inflama;
e ardo na mesma língua o sonho lindo
que esvoa – e o que em cristal já se recama.
o azeite que na lâmpada se inflama;
e ardo na mesma língua o sonho lindo
que esvoa – e o que em cristal já se recama.
Como a onda no mar, subo e descaio,
e na ambígua jornada me duplico,
olhando o céu de frente e de soslaio.
e na ambígua jornada me duplico,
olhando o céu de frente e de soslaio.
E assim, ao duplo olhar com que me oriento,
à luz de um sol de antanho queimo e fico,
e das cinzas que jazem me reinvento.
à luz de um sol de antanho queimo e fico,
e das cinzas que jazem me reinvento.
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