MÁRIO QUINTANA
A nossa vida nunca chega ao fim. Isto é, nunca termina no fim.
É como se alguém estivesse lendo um romance e achasse o
enredo enfadonho e, interrompendo, com um bocejo, a
leitura, fechasse o livro e o guardasse na estante.
E deixasse o herói, os comparsas, as ações, os gestos,
tudo ali esperando, esperando...
Como naquele jogo a que chamavam brincar de estátua.
Como num filme que parou de súbito.
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