ANDERSON BRAGA HORTA
Há uma flor que floresce em tudo e em nada
do universo febril do meu desejo.
Flor de carne e luar, rubra de pejo
cora-se ao ver, tímida e deslumbrada,
do universo febril do meu desejo.
Flor de carne e luar, rubra de pejo
cora-se ao ver, tímida e deslumbrada,
dentro em meus olhos a intenção de um beijo.
Alma de luz, na esfera inabitada
de meus íntimos céus transfigurada,
nebulosa do sonho, ardente a vejo.
Alma de luz, na esfera inabitada
de meus íntimos céus transfigurada,
nebulosa do sonho, ardente a vejo.
Beijo-a, e por entre beijos imaturos
desperto, e ela se esvai no azul divino.
Clamo, e ao apelo de meus fortes brados
desperto, e ela se esvai no azul divino.
Clamo, e ao apelo de meus fortes brados
parte-se o espelho dos seus olhos puros.
Alastram-se no azul pré-matutino
trêmulos claros de cristais quebrados.
Alastram-se no azul pré-matutino
trêmulos claros de cristais quebrados.
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