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sábado, 25 de maio de 2019

Escalada

Jorge Braga

Chamar-te colibri sussurrar-te
ao ouvido coisas acidas e ternas
Morder-te no pescoço, nos ombros, nas nadegas
Sentir a humidade entre as tuas pernas

Selar-te as palpebras com saliva
enquanto gritas que me odeias e me amas
as minhas mãos numa roda viva
entre as tuas nádegas e as tuas mamas

A minha língua, a tua língua o meu
pénis, o teu clitóris, a minha língua
o teu clitóris, o meu pénis, a tua língua

De joelhos como se implorasse
Enterra-lo bem fundo entre as tuas pernas
Deixar que um raio nos trespasse.

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