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terça-feira, 23 de outubro de 2018

A guerra do segundo turno

Ivar Hartmann

Os comentaristas políticos costumam comparar uma eleição a uma guerra. Nesta guerra temos duas batalhas: primeiro e segundo turnos. E milhares de escaramuças através do uso das redes sociais que, pelas pesquisas, levarão à Presidência o candidato da bandeira verde e amarela. Nas batalhas das guerras antigas que se caracterizavam pelos embates corpo a corpo e com o uso da cavalaria, uma batalha perdida não significava a derrota na guerra. As Guerras Púnicas entre romanos e cartagineses é um exemplo sempre vivo. Muitas batalhas foram travadas até a guerra pender em favor dos romanos. Os choques armados, a batalha com os confrontos homem a homem significava apenas conquistar terreno. Não havia como impedir o inimigo derrotado de se reagrupar em algum lugar de sua retaguarda e seguir combatendo. Mas algumas batalhas eram tão decisivas que deixavam o inimigo atônito e sem ânimo de seguir lutando. Fugiam então do campo de batalha, soltando as armas, largando as bandeiras e, nas guerras religiosas, quando julgavam necessário, os covardes trocavam até de religião.
Já tinha dito: esta guerra eleitoral brasileira trava-se com os cristãos de um lado e o petismo/comunismo do outro. Que se viu após o primeiro turno ou batalha? Os defensores de Haddad abandonaram sua principal arma, o Lula. Suas bandeiras vermelhas esconderam em qualquer canto para facilitar a fuga e, conseguindo uns restos de panos verde e amarelo, passaram a usá-los como disfarce. Ante a diferença de votos que só aumenta, como último recurso, Haddad e Manuela passaram a acreditar em Deus. E chamaram a televisão para gravar sua participação em uma missa. Sublime: Manuela, renegada, até comungou. Prova que esta é uma guerra religiosa! Prestes a terminar. Segundo as pesquisas o cristão está muito melhor armado de votos do que seu adversário. A pergunta: em que candidato você não votaria de jeito nenhum? É a única em que Haddad ganha disparado...

ivar4hartmann@gmail.com

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