Essas coisas da vida a gente nunca esquece...
Um longo beijo ao luar... uma mentira linda...
Num suspiro de amor... num sussurro de prece,
Guardar de toda boca uma saudade infinda...
E então quando se é moço e o ardor não arrefece,
Goza-se a mocidade enquanto ela não finda...
Da vida bem vivida o ocaso recrudesce
A tristeza de não poder mentir ainda...
E a minha mocidade em beijos se avigora,
Encontra em toda boca uma esplendente aurora
E em todo amor um sol em que febril, se aquece...
E na efemeridade em que ela se resume,
O consolo a lembrar... lembrar... pois ao perfume
Dessas coisas da vida a gente refloresce...
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