Presentes são a parte material do Natal, esta festa que as famílias cristãs costumam antecipar por semanas ao enfeitar as casas, fazer presépios, montar arvores natalinas, ir às compras para as pessoas que amam. E as cidades, pelo aspecto comercial do evento, aprenderam que enfeitar ruas, criar espetáculos, valorizar os corais, dá bons resultados também psicológicos e de promoção. Mas há um tipo de presente que esquecemos amiúde: um presente de Deus. Ele, em sua sabedoria, resolveu que o ser humano deveria ser receptivo ao seu semelhante, quer ao ajudá-lo, quer ao regozijar-se com a sua companhia. Porque, a companhia dos amigos, sempre foi fundamental para o nosso bem estar pessoal. O que agora a psicologia recomenda, fazíamos ao natural através de gerações e gerações.
Caminhava, quando encontrei um grupo de amigos, que são expoentes da cultura gaúcha e brasileira: Ângelo Reinheimer, dinâmico responsável e curador desde 1998, da Fundação Scheffel, que abriga a obra do grande artista brasileiro Frederico Scheffel; Ariadne Decker, artista plástica carioca, residente desde sempre na cidade, com obras há décadas espalhadas pelo Brasil; Aurélio Decker, eficiente decano dos cronistas do Grupo Sinos e do Jornal NH, um dos mais importantes grupos jornalísticos brasileiros; Dudu Schmidt, o mais jovem comunicador do Vale dos Sinos. Todos reunidos na calçada frente ao atelier da Ariadne. Em uma tarde nublada, foram como um raio de sol a iluminar a andança. Surpresa da presença deles na calçada, satisfação repentina que me deram ao vê-los e alegria pelo encontro imprevisto. O ser humano é movido a impulsos. O do coração certamente é o mais sublime. Ótimo ano novo a todos amigos e leitores.
Promotor de Justiça aposentado
ivarhartmann@gmail.com
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