Ivar Hartmann
Alguns informes básicos aos desconhecedores do andamento dos processos criminais. A Polícia (Federal ou Estadual) tomando conhecimento de um crime abre um inquérito policial, dirigido por Delegado de Polícia. Concluído o inquérito, vai para o Promotor ou Procurador que o estuda e pode pedir o arquivamento ou denunciar o suspeito. Vira o inquérito um processo e um Juiz passa a dirigi-lo. Aceita a denúncia, abrem-se os trâmites normais. Delegado, Promotor e Juiz são carreiras independentes. Para estas carreiras públicas há concursos difíceis, entre advogados com conduta ilibada. Aprovados serão servidores pagos pelo Estado, que através deles busca garantir a ordem pública processando e condenando bandidos. Os aprovados, óbvio, são diferentes entre si. Todos agentes da lei, mas uns com mais capacidade que outros. Já os advogados são contratados pelos suspeitos para defendê-los, sejam ou não culpados. Quando o Juiz Moro percebeu que a Procuradora era fraca perante a quantidades de advogados do Lula, comentou o fato com os Procuradores os quais, a bem da igualdade na justiça, trocaram-na por Procurador melhor preparado. Onde o ilícito? As conversas vazadas, digo como promotor criminal, mostram que Moro agiu como deveriam agir todos os Juízes e Promotores do Brasil: quando vissem um colega em dificuldades perante advogados melhores, obrar para trocá-lo.
Era Promotor de Justiça em Palmeira das Missões. A Procuradoria da Justiça me surpreendeu mandando substituir um colega de Tenente Portela, a 150 km de distância por estrada de terra ruim. Quando cheguei, fui ao gabinete do dito: armário e duas cadeiras cheias até o alto de inquéritos e processos sem despacho. No Cartório havia mais processos e inquéritos atrasados. Era um promotor relapso. O Escrivão me contou: o Juiz informou ao Tribunal de Justiça o que ocorria e este avisou minha Chefia. Deram férias ao ocioso e a mim coube fazer o atrasado. As chefias agiram mal?
E com a intenção de virar ministro e de olho no STF como foi-lhe prometido. E o FHC, Aécio, mas, e o FHC. Moro é parcial, seletivo e em outro País que não pensam como o senhor, estaria preso.
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