Ivar Hartmann
Por três décadas fui, sucessivamente, advogado, juiz e promotor de justiça em dezenas de comarcas gaúchas. Experiência para falar sobre as conversas gravadas do Moro. Face dos comentários de quem debate o assunto, vale a pena lembrar: no juízo comum, os processos podem ser do cível ou do crime. Nos primeiros, o promotor ou procurador raramente atuam. Nos últimos sua presença é obrigatória porque é ele que, representando o Brasil, busca impedir que o bandido possa tirar proveito de seu crime. O Estado lhe paga ao contrário do advogado que é contratado e ganha seus honorários do bandido que defende (Lula e Odebrecht por exemplo). Chama-se promotor de justiça, porque pelas provas do processo pode pedir a absolvição ou a condenação do réu. Igual do juiz que decide quanto à absolvição ou a condenação. Independentes, podem falar livremente nos processos em que estão atuando juntos, sem qualquer ilegalidade. Nem o promotor seria estúpido para pedir uma sentença ao juiz, nem o juiz seria estulto para indicar rumos ao promotor.
As escutas ilegais de pessoas da esquerda, não encontraram nada demais. Tempestade em copo de água. É sobre corrupção que temos de ver se há gravações. Como o Lula tentando comprar o promotor com parte do dinheiro que roubou do Brasil, ou a Odebrecht comprar o Moro com parte do dinheiro que desviou graças ao petismo-comunismo. Calculemos que o promotor e o Moro ganhem, cada um, 50 mil reais mensais, 600 mil em um ano. Em dez anos seriam seis milhões de reais, ou 1,5 milhão de dólares. Os leitores que acompanham a Lava jato sabem que os bandidos roubaram de vários entes do Estado brasileiro bilhões de dólares. 1,5 milhões ou 15 milhões de dólares, o que o promotor ou o Moro ganhariam em 100 anos. Esta gravação é que queremos ver. As atuais são conversas normais entre um juiz e um promotor criminal. Que tive as centenas, nos processos em que atuei. Ilegal é a escuta dos bandidos.
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