A mulher verdadeira
Para que o homem encontre a mulher ideal, aliás a verdadeira mulher, primeiramente, ele terá que fazer uma comparação com uma mulher considerada (pelo próprio homem) como uma mulher de verdade.
E quais os bons requisitos que deverão ter o protótipo da mulher verdadeira?
A mulher ideal é consciente.
Ela não é exigente.
Ela não é consumista, não é vaidosa e, sem vaidade, não gasta desbragadamente o seu dinheiro à toa.
A mulher verdadeira não mete a mão no dinheiro do homem, antes pelo contrário, quando o seu homem está liso, endividado e passando aperto financeiro, ela continua ao lado dele e ainda rir daquela situação de penúria.
A mulher ideal reconhece quando o seu homem está preocupado e o consola com palavras encorajadoras.
Vocês, mulheres, que estão lendo este texto, já devem estar metendo o malho e até chamando este humilde escriba de “machista”, certo?
Pois, parem!
Este conceito de mulher de verdade quem estabeleceu foram os compositores Mário Lago e Ataulfo Alves, no distante ano de 1942, quando escreveram a conhecidíssima música “Ai! Que saudades da Amélia”, canção que o Brasil canta até os dias de hoje.
Leia a letra da música abaixo e compare com que escrevi acima:
“Nunca vi fazer tanta exigência
Nem fazer o que você me faz
Você não sabe o que é consciência
Não vê que eu sou um pobre rapaz
Você só pensa em luxo e riqueza
Tudo o que você vê, você quer
Ai, meu Deus, que saudade da Amélia
Aquilo sim é que era mulher
Às vezes passava fome ao meu lado
E achava bonito não ter o que comer
Quando me via contrariado
Dizia: Meu filho, o que se há de fazer!
Amélia não tinha a menor vaidade
Amélia é que era mulher de verdade”
Vejam que nada mais fiz do que, metaforicamente, reproduzir o que diz a canção com outras palavras.
Alguém poderá estar perguntando: “será que ele concorda com o que diz a letra da música?”. Concordo, em parte, pois, infelizmente, não conheci Amélia.
De uma coisa eu tenho certeza! Se essa música fosse composta nos dias atuais, quando tudo que se faz (ou se diz) tem que obedecer ao “politicamente correto”, quando qualquer besteira é considerada discriminação, ela (a música, e não Amélia) seria massacrada e, talvez, até fosse contestada em Juízo.
Aliás, alguém já disse que:
“Amélia criou, no Brasil, o estereótipo de mulher submissa, resignada e trabalhadora como ideal”.
Já estão satanizando até a “Atirei o pau no gato”, inocente música infantil que embalou várias gerações de brasileiros, por julgarem que é uma apologia aos maus tratos aos animais.
Eita! Como o Brasil ficou chato!
Ciduca Barros é escritor e colaborador do Bar de Ferreirinha
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