Dois fatos chamaram a atenção dos brasileiros nos dias que passaram. A trágica ruptura, pela segunda vez, de uma barragem da Vale, que entristece a todos nós, pelas vítimas e famílias dos surpreendidos pela lama que formou uma onda gigantesca de destruição, levando centenas de vidas dos que estavam abaixo: funcionários, agricultores, turistas, homens, mulheres e crianças. Governo e empresa agiram com rapidez, mas, infelizmente, pelas características do desastre, só o que restou e resta, é buscar os mortos soterrados. O melhor raciocínio que vi e ouvi foi do âncora do Jornal da Band, Ricardo Boechat: “As barragem não rompem por acaso. São consideradas seguras e monitoradas e examinadas permanentemente. Os técnicos contratados que assinaram laudos irreais, devem ser punidos de forma exemplar”. Não são o presidente da Vale, o presidente ou ex-presidentes do Brasil os responsáveis. Os profissionais negligentes, brasileiros e alemães, sim, são responsáveis pelas mortes.
Outra notícia que lamentei foi as autoridades federais, delegados, promotores e juízes, demorarem em autorizar Lula a sair da prisão para ir ao enterro do irmão, alegando a logística que deveria ser criada, até para sua proteção. Não importa o mal que ele causou ao país: deveria ter sido autorizado a sair, pensei. Depois mudei. Os jornais publicaram: quando era presidente, podendo andar livremente pelo país, dispondo de sua agenda e dos aviões da FAB que quisesse, dois irmãos seus, em ocasiões diversas, morreram. Ele não foi a nenhum dos enterros. Veio-me então a mente os noticiários das festas juninas que patrocinava na Granja do Torto: seus convidados deviam ir fantasiados de caipira. Tementes de Lula, da Dilma para baixo, muitas figuras da república, aceitavam bancar os palhaços para sua silenciosa alegria. Um exame mental do Lula certamente mostraria desvios de conduta, recalques e transtornos. E muito ódio escondido contra os que o puniram justamente.
ivar4hartmann@gmail.com
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